domingo, 8 de maio de 2011

Moldura de Mãe

Quando eu cheguei, você partiu, deixando-me indefesa em mãos estranhas. 
Transitei de casa em casa e, somente na rua, sob o amparo do firmamento, encontrei o teto que ainda me acolhe. 

Dizem que sou menor carente, porque não tendo mãe falta-me tudo. 
Há outros menores assim também chamados, que possuem pais e vivem sob carências atormentantes. 
Eu sei que se você estivesse aqui, certamente me teria amparado, conduzindo-me com segurança. 

A vida sem a presença de uma querida mãe é igual a uma vigem por largo trato de terra desértica sem a proteção de uma sombra nem o apoio de uma fonte refrescante. 
Contam-me que há mães desalmadas, que abandonam os filhos sem qualquer compaixão.

Quando tal acontece, porém, elas devem estar loucas, vitimadas pela ignorância ou por fatores outros, decorrentes da miséria social, econômica ou moral.
... E continuam exceção. 

Embora eu não a tenha conhecido, mamãe, emolduro-a com a ternura e o amor, confiante em que você é um anjo, no país do céu, velando por mim ao lado de outras mães, que se transformam em claridade estelar, a fim de que os orfãozinhos, que sofrem na escuridão, encontrem o brilho da esperança para seguir adiante, liberando-se da amargura e da desesperação...

Enquanto haja mulheres que se santifiquem no ministério da maternidade, o futuro feliz da criatura humana permanecerá abençoado por Deus...

Por: Eros
Moldura de Mãe
Fonte: Centro Espírita Caminhos de Luz
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