domingo, 31 de julho de 2011

Espiritualidade e Câncer


Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, existe uma expectativa de que, neste ano de 2.000, 113.959 pessoas morrerão de câncer no Brasil.

Dessas, 61.522 serão homens e 52.437, mulheres. Portanto, 53,98% de homens para 46,02% de mulheres.

Muitas são as variáveis que proporcionam essa diferença, com maior predomínio de homens, como vítimas do câncer. Contudo, não se pode negligenciar o ato de que há também, entre homens e mulheres, uma diferença no que diz respeito à espiritualidade. Por questões culturais, as mulheres estão mais propensas a se envolverem com questões da transcendentalidade do que o homem. E conforme estudos que vêm se processando nos últimos tempos, esse será também um elemento a contribuir para com o maior índice de câncer em pessoas do sexo masculino.

Em épocas passadas a diferença entre a incidência de câncer entre homens e mulheres, era bem maior naqueles do que nessas.  Mudanças de hábitos de vida, especialmente colocando as mulheres em nível de igual ou quase igual competitividade com o homem nas áreas de trabalho, com conseqüente aumento do stress, associada à aquisição de vícios como o tabagismo por parte de grande número de mulheres, contribuiu significativamente para a convergência desses números.

Mas, reafirmamos, não se pode deixar de lado a variável espiritualidade na manutenção de um significativo diferencial entre os dois grupos.

Mas como a espiritualidade interfere na ocorrência ou na prevenção do câncer?

SHEKELLE e colaboradores, em trabalho publicado na revista “Psychosomatic Medicine” de abril de 1981 afirma que DEPRESSÃO e SENTIMENTO de DESESPERANÇA estão fortemente relacionados com o aparecimento de CÂNCER, por interferirem no sistema imunitário.

James PAGET, que descreveu uma das formas mais comuns do câncer da mama, já afirmava a mesma coisa em 1870.

E SHEKELLE ainda demonstra  que pesquisas feitas com animais submetidos a sucessivos e inevitáveis  choques elétricos, produziam neles o aparecimento de tumores, em decorrência  do stress provocado pelos estímulos dolorosos.

Levando em conta o que ERICH FROMM dizia:  “A mente é a benção e a maldição do Ser Humano”, podemos deduzir que nele, mais dos que em animais-cobaias, a possibilidade do aparecimento de tumores em conseqüência de stress se torna muito mais provável.  Afinal, só o Ser Humano questiona “POR QUE SOFRO?”  e isso amplia significativamente os efeitos do stress.

EVERSON, na mesma publicação, porém já em 1996, confirmou as pesquisas de SHEKELLE  afirmando que a DESESPERANÇA é mais forte do que a DEPRESSÃO, na ocorrência de suicídio.

Ora,  o câncer pode ser  considerado, em diversos casos, como uma forma de suicídio. Uma forma a que demos o nome de SUICÍDIO ENDÓGENO uma vez que a pessoa, incapaz por qualquer razão, física, moral ou psicológica, de se matar diretamente cria, a nível de consciente profundo, bloqueios de seus mecanismos de defesa, ou estabelece  situações onde doenças ou acidente possam lhe acontecer, tirando a sua vida. 

STEPHANIE SIMONTON, esposa e colaboradora de Carl SIMONTON afirma, no livro “Com a a vida de novo” que “cada um de nós tem a sua participação na saúde e na doença, a todo momento,  através de nossas convicções, nossos sentimentos e nossas atitudes em relação à nossa vida.”

Foi exatamente a partir dessas reflexões que criaram o chamado “método SIMONTON”, para o tratamento de paciente cancerosos e que entende a doença como um problema  dizendo respeito à pessoa como um todo: corpo, emoções e mente.

Segundo suas observações o câncer costuma surgir como uma indicação de problemas e stress, que aconteceram de 6 a 18 meses antes do aparecimento da doença.  Reagindo a eles com desesperança e desistência, o a pessoa abriu suas defesas, permitindo a proliferação das células cancerosas em seu organismo.

Mas,  o que é o câncer?  Muitas pessoas acreditam que se trata de um poderoso invasor que vem de fora e nos domina inexoravelmente. Contudo isso não é verdade. O câncer é, na realidade, um conjunto de células fracas e confusas que se multiplicam quando os sistemas naturais de defesa do organismo ficam inativos. A isso se dá o nome de TEORIA DA VIGILÂNCIA IMUNOLÓGICA.

Para o tratamento dessa doença, assim como de muitas outras, a sofisticada tecnologia médica atual  passa uma idéia de poder absoluto, ao mesmo tempo que denota um certo desprezo ou descrença nos nossos próprios recursos naturais de combate às doenças.   Fica esquecido que numa enfermidade há uma forte interação entre o enfermo, sua família, a sociedade em que ele se insere e os profissionais de saúde, especialmente o médico.

Privilegiam-se os exames complementares, especialmente os mais sofisticados – e mais caros! – em detrimento do ouvir e do tocar, para melhor examinar a pessoa enferma.  ‘A terapêutica mais simples, porém eficaz,  dá-se preferência aos tratamentos com alta tecnologia, medicamentos caríssimos e aparelhagens futurísticas. Sem que com isso se alcance, na prática e na realidade, resultados muito melhores do que quando se age com humanismo e simplicidade.

Afinal, toda a tecnologia moderna é bastante ameaçadora em suas formas e em seus efeitos colaterais.  Uma sala de tomografia com seus enormes equipamentos, os aparelhos cheios de luzes e bips, assim como o  aspecto muitas vezes deplorável de quem se submete a alguns tratamentos radioterápicos ou quimioterápicos, provocam suspeição,  medo e até  rejeição.

Por tudo isso, há que se repensar a relação médico-paciente – hoje bastante distante e fria – e a própria concepção do que é um Ser Humano. Para isso, vamos ampliar um pouco o pensamento do casal SIMONTON.

O Ser Humano é bem mais que corpo, emoções e mente, como afirmava em seu primeiro livro. Ele é CORPO (SOMA), MENTE (PSIQUÊ)  e ESPÍRITO (PNEUMA).

No que diz respeito ‘a mente, ela nos lembra um iceberg. Aquele enorme bloco de gelo que flutua sobre as água, expondo apenas uma pequena parte de seu todo. Uma outra parte, permanece visível através da transparência da água. Mas seu maior volume está submerso, inalcansável aos nossos olhos e portanto impossível de ser delimitado em sua profundidade. Entendemos o consciente com três partes: a que aparece nitidamente e que á conhecida simplesmente como “consciente”. A ela damos o nome de “consciente exterior”. Nela se situam nossa memória imediata, nossos pensamentos reflexivos,  nossas sensações e emoções. É a ponta aparente do iceberg. A segunda parte, chamada de “sub-consciente”, preferimos chamar de “consciente interior” já que a palavra “sub” nos passa uma idéia de inferioridade, o que não é real  com essa parte importante de nossa mente.

Nela se situam a nossa memória elaborada e nossa intuição. E, por não ter limites precisos com o consciente exterior, também se torna responsável por sentimentos e emoções. É a parte do iceberg que vemos através das águas e que se perde numa espécie de degradée para o fundo do mar.  E, finalmente, também sem limites precisos com a parte intermediária, temos o que é chamado de  “inconsciente”, mas que preferimos chamar de “consciente profundo” já que o nome clássico sugere mais um estado de desmaio, de letargia. Paradoxalmente é exatamente essa parte de nossa mente, aquela que nunca está dormindo mas permanece em constante e incansável prontidão com seus recursos, enormes e ainda muito pouco conhecidos. Nele se encontra nossa memória total, capaz de arquivar todas as informações que recebemos desse o momento em que fomos gerados no ventre de nossa mãe.

Exatamente por isso, em momentos especiais de nossa vida algumas dessas informações afloram para os níveis mais superficiais de nosso consciente, produzindo reações físicas e psíquicas mais ou menos desejáveis.

Também nessa parte profunda de nosso consciente está arquivada a nossa memória genética, que trazemos de nossos ancestrais e que enseja as chamadas “terapias de vida passada”, confundindo as experiências que trazemos das gerações  que nos antecederam em linhagem familiar, com pseudo vidas vividas por nós mesmos, jamais provadas dentro de uma metodologia científica correta e não sectária.

Tais terapias podem funcionar exatamente pela possibilidade de trazer essas informações genéticas arquivadas em nosso consciente profundo e que podem ser motivadoras de comportamentos capazes de gerar doenças psíquicas e até mesmo físicas. Mas sem que se possa generalizar ou hipertrofiar seus efeitos, muitas vezes frutos da má-fé comercial,  da imprudência ou da irresponsabilidade profissional.

Isso posto, vemos que não é perdida a característica “trinitária”  do Ser Humano, substituindo-se o que se chama de “emoções”, que consideramos parte da mente, pelo espírito (pneuma), não contemplado quando se fala em corpo, emoções e mente.

Partido dessa conceituação, mais que MEDICINA PSICO-SOMÁTICA temos de caminhar para a MEDICINA PNEUMO-PSICO-SOMÁTICA, para encontrarmos o caminho pleno da cura e, mais ainda, da prevenção das doenças.  Especialmente do CÂNCER.

Aqui cabe uma observação: a essa visão integral do Ser Humano, dá-se também o nome de visão Holística. E à medicina, o nome de medicina Holística. Contudo tem havido muita deturpação do sentido do “holismo”, associando-o a visões fechadas e sectárias. Para se evitar tais confusões, adotamos o nome proposto de Medicina pneumo-psico-somática. Ou, se quisermos simplificar, Medicina Integral. Que não é nem deve ser uma “especialidade”, mas uma filosofia que permeie todas as práticas de saúde, seja a medicina, seja a enfermagem, a odontologia, a psicologia, etc.etc.

Nessa visão integral do Ser Humano acrescenta-se a ESPIRITUALIDADE na abordagem do enfermo.  Mas, o que é ESPIRITUALIDADE?

GAMINO e EASTERLING, num trabalho publicado em “The Forum”  jornal oficial da ADEC - ASSOCIATION FOR DEATH EDUCATION AND COUNCELING, de março-abril de 2.000, mostraram, num estudo metodologicamente rigoroso de 85 pessoas vivenciando uma condição de luto, que a ESPIRITUALIUDADE INTRÍNSECA atenuava sensivelmente o sofrimento da perda. Enquanto que a exclusiva freqüência a uma Igreja, seja ela qual for, não atenuava nada.

Anteriormente, em 1967, havia surgido na Inglaterra, com os trabalhos da doutora CICELY SAUNDERS, um conceito novo, denominado HOSPICE que trouxe muitas mudanças na  cultura médica, especialmente no que dizia respeito ao tratamento dos pacientes terminais: alivio da dor, relacionamento com a família do enfermo,  autonomia do enfermo e maior preocupação com problemas éticos.

No que diz respeito a dor, salientamos a DOR ESPIRITUAL. A qual é, geralmente, a grande geradora de DESESPERANÇA.

QUEM NÃO CRÊ, NÃO ESPERA! E QUEM NÃO ESPERA, MORRE!  

Por tudo isso, torna-se fundamental que se entenda a espiritualidade. Que não é o mesmo que RELIGIOSIDADE, apesar de estarem estreitamente relacionadas pois a religiosidade é um dos aspectos importantes e uma conseqüência da espiritualidade.

Espiritualidade é um termo surgido na Renascença (Séc. XV)  mas cujas idéias básicas tiveram origem com os ensinamentos de PLATÃO, no século IV A.C.

Esse grande filósofo defendia a idéia de que o Ser humano era um dualismo CORPO-ALMA, com prevalência absoluta da alma sobre o corpo. Exatamente por isso era indispensável que o Ser Humano se dedicasse às coisas do espírito, deixando de lado qualquer preocupação com o seu corpo. Que nada mais era do que uma prisão da alma.

Esse pensamento, que teve forte influência na humanidade, especialmente no cristianismo primitivo, evoluiu para a idéia do Ser Humano como um todo, formado à imagem da Trindade Divina (conceito que encontramos em  diversas correntes religiosas, antigas e atuais). Somos então CORPO, MENTE e ESPÍRITO,  porém inseparáveis. Quando morremos, não somos nós que morremos, mas nossa expressão biológica a que denominamos corpo e que vive em permanente estado de morte e renascimento. Observando uma foto nossa, de quando tínhamos 5 anos de idade, vamos constatar que aquele corpo já morreu há muito tempo. Outros corpos foram progressivamente substituindo aqueles que iam morrendo. E durante todo esse processo, nossa “individualidade” permanecia imortal, apenas amadurecendo com o passar dos anos. Quando morrermos, nosso corpo e nossa mente se espiritualizarão, deixando essa realidade temporo-espacial que é a única conhecida por nós, passando à dimensão que denominamos “eternidade”, na qual inexiste o tempo e o espaço. E por isso mesmo se torna inefável, totalmente inalcansável pelo nosso raciocínio uma vez que tanto ele como todos os idiomas sobre a Terra, são limitados às idéias de espaço e de tempo.

Incapazes portanto de entender ou explicitar o que é, na realidade, o não-espaço e não-tempo do qual  só conseguimos  falar através de metáforas, utilizando figuras e idéias de nossa própria realidade. S.TOMÁS DE AQUINO, o grande filósofo e teólogo afirmava: “Não existe corpo sem espírito, nem espírito sem corpo”. Nessa vida, temos um espírito “corporificado”. Ao morrermos, passaremos a ter um corpo “espiritualizado”. E as moléculas que compõem o nosso corpo material, permanecerão dispersos nessa realidade pois a ela e somente a ela pertencem. Mas a nossa individualidade permanecerá imortal na eternidade.

Espiritualidade Intrínseca é pois o mergulho infindável no transcendental. E para isso se exige humildade, coragem e decisão.

Pelo medo, criamos um “Deus quebra-galhos”.  Mergulhando no transcendental, descobriremos o verdadeiro Deus na sua plenitude.  Que todas as religiões, em todos os tempos e lugares, descobriram e Lhe deram nomes diversos. Mas sempre buscando -  e ainda buscam – religar (religião) o Ser Humano com Deus.

E isso exige constante aprofundamento.  Gostar de música, não é o mesmo que conhecer música. Quem conhece usufrui muito mais do que quem apenas gosta.

Nesse momento podemos nos questionar:  Que Deus é o nosso?

O ritualismo vazio é estressante: Não “responde”. Só desespera pois  quase nunca alcançamos, pelos ritos vazios, as coisas que queremos. E que queremos exatamente por termos uma religiosidade sem espiritualidade!

A espiritualidade intrínseca  nos liberta da desesperança enquanto a religiosidade sem espiritualidade nos causa medo, terror e ainda  gera desesperança.

E a desesperança gera o câncer. Está mais do que provado!

Concluindo, queremos relembrar dois fatos descritos no texto mais lido do mundo, a Bíblia: Cristo ao curar um enfermo dizia: “Tua fé te salvou!” Isso nos mostra uma estreita relação entre a doença e a espiritualidade. 

O outro fato, esta já no Antigo Testamento: Abraão e Sarah eram idosos e estéreis. Pela fé, nasceu-lhes Isaac, que deveria confirmar a promessa que  Deus havia feito a Abraão por reconhecer nele a sua fé: “Sua descendência será maior que o número de estrelas no céu.

Mas algum tempo depois, novamente é colocada em prova, a fé de Abraão. E ele se dispõe a sacrificar seu filho Isaac, nascido em condições tão excepcionais. Novamente Abraão demonstra que tinha espiritualidade e não um artificial ritualismo religioso. Por isso mesmo Isaac foi poupado e cumpriu-se a promessa de Deus sobre a sua numerosa descendência.

Isso é ESPIRITUALIDADE. E ela impede as doenças, ou então as cura.
NÃO É MILAGRE.  É REALIDADE!

Por.: Dr. Evaldo A. D’AssumpçãoCirurgião Plástico e Tanatologista. Membro da Academia Mineira de Medicina, Presidente da Sociedade de Tanatologia de MG; Membro da Comissão de Ética da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica MG

O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos do SITE REDE NACIONAL DE TANATOLOGIA pelo Artigo que engrandeceu este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
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Transtorno Afetivo BIPOLAR



Dia, noite, masculino, feminino, bem, mal; num universo de polaridades não poderia ser diferente, somos todos bipolares. Em se tratando do Transtorno (Afetivo) Bipolar definido pela Psicologia como doença caracterizada pela alternância de humor, a pessoa sofre com picos de euforia (episódios de mania) e de depressão, entremeados por períodos de normalidade. Mas o que é mania? Gosto levado ao extremo? Idéia fixa? O que é normalidade? O que está de conformidade com a norma? Quem a ditou? Quando? Já mudou? Isso não é mais normal? Quais as novas tendências? Está na moda? Quem criou?

Quem copiou? No caso é o comportamento da maioria das pessoas frente a uma situação ou acontecimento; é comum que transformemos o comportamento da maioria, seja ele correto, adequado ou não; em conceito de normalidade sem maiores questionamentos. 

As linhas divisórias que demarcam a normalidade ou não das atitudes sofrem a ação dentre outras coisas da educação e da cultura. Certos comportamentos são normais para determinado grupo cultural e para outro são patológicos.

Exemplo, no Brasil pessoas que se encontram num velório e que “perderam um familiar”, podem chorar gritar, descabelar-se sem maiores problemas; porém, caso alguém apresente atitudes como essa num velório no Japão, corre o risco de ser medicado ou internado.

No estado clássico de bipolaridade antes rotulado de PMD (Psicose Maníaca Depressiva) as alterações dos estados de euforia para depressão, ou vice-versa, podem acontecer repentinamente e desencadeados por motivos banais.

Sendo assim, para conquistar o rótulo de Bipolar (serve de álibi e até como “abridor de portas” – cuidado comigo!) e, ou, para até conquistar uma camisa de força química de grife (medicamentos de última geração) ou de genéricos; antes de chegar nesse ponto de status, você deve causar muito espanto nas pessoas consideradas normais ou tornar-se incapaz de executar as tarefas cotidianas até que seja diagnosticado como tal: um bipolar da hora, da moda.

O auto-diagnóstico é possível?

Até pode ser, embora seja complicado, nossa auto-imagem é muito distorcida, pois fomos educados a nos camuflarmos e a sempre buscar culpados externos para justificar nossas atitudes e reações. Nosso olhar está sempre voltado para o público externo; no máximo admitimos - com certo orgulho disfarçado - não sermos normais. Claro que depende dos nossos interesses inconscientes.

Dica: deseja um doce depois do salgado – um salgado depois de um doce? – certamente é um bipolar.

Por que estamos nos tornando a cada dia, mais semelhantes aos bipolares clássicos prontos para serem medicados?

Entender o mecanismo não é tão complicado: ainda mais reagimos a estímulos do que agimos após o uso do raciocínio crítico. O Universo conspira contra nós ou a nosso favor depende da mensagem que enviamos. É fato, solicitamos cada acontecimento, pois o tempo todo emitimos energia através do pensamento, sentimento e atitudes e o Cosmo nos retribui com fatos e pessoas que se aproximam de nós e, reagimos sem pensar.

No ritmo de vida anterior (antes do estresse crônico) muitos portadores do distúrbio não percebiam essas mudanças ou consideravam que as alterações do humor tivessem origem em acontecimentos fortuitos, ou por um fator momentâneo e, considerado “forte”; daí, justificável pela maioria. Isso ocorre devido à perda do senso crítico e da capacidade de avaliação objetiva das situações, que ficam prejudicados ou ausentes. A verdade é que nunca fomos bons nisso: inteligência crítica e bom senso. 

O atual aumento da percepção do problema decorre da aceleração e multiplicidade das experiências, pois, nessa situação, nossas desculpas e justificativas são desmentidas a jato. 

A verdade é que sempre fomos bipolares; apenas de hora em diante seremos obrigados a aceitar.

Quais os sintomas segundo a psicologia?

De forma resumida:

HUMOR EUFÓRICO – "E aí cara; tá alegre por quê?".

Coisas banais como a vitória do nosso time ou a derrota do eterno adversário pode nos levar a comemorar ou a um estado de luto; exemplo, o Corinthians ganha alegra os corintianos e entristece os palmeirenses. E até extravagantes acontecimentos como a euforia após a dispensa de um desafeto no ambiente de trabalho; a notícia da prisão ou da morte de um político corrupto... 

DISTRAÇÃO – Cadê o capacete? – Ah! seu guarda, acho que esqueci em casa.
A perda acelerada de memória recente e a falta de concentração decorrentes do estilo de vida atual nos tiram a paz; o que pode em breve nos levar a receber o rótulo de DDA (portador de deficiência de atenção).

EXALTAÇÃO – Ir do oito ao oitenta sem senso crítico é o material de criação da obesidade do Ego – nos empolgamos com facilidade. O contra senso desse distúrbio, é a perda da auto-estima frente a situações banais. Na atualidade viajamos do céu ao inferno em minutos.

GASTOS EXCESSIVOS – Somos ao mesmo tempo “muquiranas” e perdulários tão incoerentes quanto malucos. Algo do tipo: pessoas que economizam na comida, mas precisam de trinta pares de sapato e, uma interminável sucessão de exemplos.

IRRITABILIDADE – Quando apenas nos sujeitamos a reagir ao invés de agir, estamos propícios a reações paradoxais – fazer tempestade em copo d’água está cada vez mais fácil. A cada dia nos tornamos mais hipersensíveis a estímulos corriqueiros. As cobranças do óbvio que deixamos de fazer por descuido, por exemplo, nos transtornam: "Meu bem; trancou a porta?" "Querido, deu descarga?" "Já fez a lição de casa?" E podem nos levar á loucura.

IMPACIÊNCIA - A cultura do “fast” – tudo para ontem – reforça cada vez mais a ansiedade e a pressa. A paz ciência ou ciência da paz exige raciocínio crítico e mente calma. A impaciência nos leva a reações paradoxais: Não consigo parar de comer; mas sofro de bulimia. Não consigo respirar; mas tenho apnéia do sono. Não sou capaz de evacuar; mas tenho dor de barriga de medo quando tenho que desempenhar uma simples tarefa, como responder a uma questão de prova ou visitar um cliente do qual dependo para pagar minhas contas.

PENSAMENTO ACELERADO – Estar a mil, conquistar tudo num espaço curto de tempo para tornar-se bem sucedido é a realidade do ser feliz ou vencedor segundo os valores da sociedade atual.

AUMENTO DE ENERGIA E DISPOSIÇÃO – Sob certos estímulos nem sempre importantes parecemos ligados no 220w, ficamos com a corda toda; em seguida, demoramos a pegar no tranco, a ponto de precisarmos de doping (estimulantes como a cafeína) para levar um simples dia a dia.

OTIMISMO EXAGERADO – Tem dias que “viajamos na maionese”, colocamos os óculos de lente cor de rosa e, com isso a vida se torna linda e maravilhosa sem motivos inteligentes nem adequados – logo depois, sem mais nem menos, ao menor contratempo, trocamos de lentes e passamos a enxergar tudo escuro e sem perspectivas de sucesso.

AUMENTO DA AUTO-ESTIMA – quando passamos a nos “achar” sem motivos estamos a um passo do ridículo – é diferente de gostarmos de nós mesmos de forma coerente e inteligente.
FALTA DE SENSO CRÍTICO – Não se enxerga não? Somos especialistas em detectar esse distúrbio no próximo, porém nos ofendemos quando somos diagnosticados seja em pensamento ou na “lata”.

INSÔNIA – Perdemos o sono por situações banais que se resolvem por si só; mas, temos uma sonolência profunda quando temos que decidir algo importante para nossas vidas. Sono de mais ou sono de menos na hora errada e no momento inoportuno, são indicadores de bipolaridade.

PAVIO CURTO – "Qual é meu?" Para que isso? - A perda da capacidade de contenção é confundida com a falta de paciência que a maioria nunca teve.

Há graduações na bipolaridade?
Em casos mais graves podem ocorrer: abuso de álcool ou drogas lícitas ou não.

Delírios e alucinações. Desinibição exagerada ou desejo de desaparecer para sempre sem pensar em suicídio. Comportamentos inadequados que assombram os expectadores. Idéias de suicídio. Em se tratando de drogas ilícitas o consumo aumenta a passos de tartaruga se comparado com o avanço das drogas lícitas: comida e remédio – hoje as pessoas bipolares comem remédios para o sobe e desce da pressão arterial, das variações da glicemia, dos transtornos do humor, da libido...

Sintomas da fase depressiva?

Sintomas que podem surgir num episódio de depressão: Sentimento de medo, insegurança, desespero e vazio. Isolamento social e familiar. Apatia, desmotivação. Desânimo, cansaço mental. Dificuldade de concentração, esquecimento. Aumento do sono. Alteração do apetite. Pessimismo, idéias de culpa. Baixa auto-estima. Redução da libido. Com certeza, grande parte dos bipolares está nessa fase. E daí? Auto diagnosticou-se? – Está nos conformes da normalidade?

Como fica o corpo físico nessa brincadeira?
Em casos graves ocorrem: Dores e problemas físicos, como cefaléia, sintomas gastrintestinais, dores no corpo, nas articulações e pressão no peito. Idéias suicidas. No Transtorno Bipolar, essas alterações são persistentes e os sintomas mais comuns são humor eufórico, irritabilidade, impaciência e exaltação, nos episódios de mania, e isolamento social, vazio, insegurança e desespero, nos episódios de depressão.

Quem pode nos ajudar?
O ideal é o auto diagnóstico. Mas, é importante que familiares e amigos saibam reconhecer esses sintomas para direcionar o portador do distúrbio a um tratamento apropriado.

Qual o melhor tipo de tratamento?

Segundo a visão da ciência oficial; atualmente a combinação de medicamentos com a psicoterapia é o método mais adequado para tratar o Transtorno Bipolar. Quanto mais cedo a pessoa for diagnosticada e fizer uma terapêutica adequada, melhor será sua recuperação, manutenção e qualidade de vida. Será que apenas isso basta? O que é uma terapêutica adequada? Conversar com um psicólogo a vida inteira? Tomar drogas que funcionam como camisa de força?

Claro que esses recursos são válidos até certo ponto e até um certo momento – porém são paliativos; recursos que a Natureza nos oferece até que façamos a nossa parte. Portanto, a educação preconizada por Jesus como psicoterapeuta, médico e educador é um dos caminhos... Quem quiser que o siga. Copiando Jesus, segundo a ciência da psicologia: o conhecimento da doença e do processo de recuperação pelo paciente também é importante, pois assim ele aumenta as perspectivas para uma vida produtiva, com estabilidade, qualidade e felicidade. Também é importante? Correção: é essencial, pois todo bipolar posiciona-se onde deseja e pelo tempo que quiser – na depressão ou na euforia – no bem ou no mal...

Dica de última hora

“Vigia e ora”, pois do nada, aquele desejo impulsivo pode transformar-se numa cruel realidade cujas reparações se farão num planeta distante. Somos seres ainda agressivos e com ímpetos para a violência; a cada dia mais sem contenção.  Aquela irmã chata e "peripakosa", pode levar um soco no nariz e ir para cirurgia ao apenas nos contradizer. Aquele desejo de atirar na parede aquela criaturinha que não para de chorar quando queremos dormir ou jogar pela janela do sexto andar a criança índigo que nos enche o dia todo é uma possibilidade que fará muita gente (aparentemente boa) morder a língua logo (cada vez mais rápido) depois julgar de forma crítica alguém, a ir colocar-se no banco dos réus. Pois, nossas pequenas vinganças contra os que afrontam nossos pobres desejos podem transformar-se em crimes hediondos. Esse é nosso aviso; um dos que ofertamos aos nossos pacientes no trabalho diário de médico de almas. Mas, como todo bipolar às vezes; tenho ímpetos de ajudar alguns pacientes a irem fundo nas suas necessidades...

Paz e Juízo para todos nós...

Por.: Américo Canhoto Casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, distrito de Santarém, em Portugal. Médico da família, clinica desde o ano de 1978. Hoje, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes indicados pelo doutor Eduardo Monteiro. Depois descobriu que esse médico era um espírito).

Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos do SITE JORNAL DOS ESPÍRITOS e a AMÉRICO CANHOTO pelo Artigo que engrandeceu este espaço de Aprendizagem e encontros Sagrados. 
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sábado, 30 de julho de 2011

Poluição e Psicosfera


Ecólogos de todo o mundo preocupam-se, na atualidade, com a poluição devastadora, que resulta dos detritos superlativos que são atirados nos oceanos, nos rios, lagos e "terras inúteis" circunjacentes às grandes metrópoles, como o tributo pago pelo conforto e pelas conquistas tecnológicas, desde os urgentes ingredientes e artefatos para a sobrevivência, às indústrias bélicas, às de explorações novas, às "de inutilidade" que atiram fora centenas de milhões de toneladas de lixo, óleos e resíduos em todo lugar.

Além dessas, convém recordarmos a de natureza sonora, dos centros urbanos, produzindo distonias graves e contínuas...

Os mais pessimistas, porém, prevêm a possível destruição da vida vegetal, animal e hominal como efeito dos excessivos restos produzidos pelos engenhos de que o homem se utiliza, e logo o esmagarão após transformar a Terra num caos... 

Mais grave, demonstram os técnicos no assunto importante, é a poluição atmosférica, graças às substancias venenosas que são expelidas pelas fábricas em forma de resíduos, pelos motores de explosão a se multiplicarem fantástica, insaciavelmente, e os inseticidas usados para a agricultura...

Voluptuoso e desconsertado por desvarios múltiplos do homem, as máquinas avançam, dirigidas pela inconcebível ganância, desbastando reservas florestais e influindo climatericamente com transformações penosas nas regiões, então, vencidas...

O espectro de calamidades não imaginados ronda e domina com segurança muitos departamentos ambientais ora reduzidos à aridez...

Cifras assustadoras denotam o quanto se desperdiça na inutilidade—embora a elevada estatística chocante dos que se estorcegam na mais ínfima miséria, rebocando-se na coleta dos montes de lixo, a cata de destroços de que possam retirar o mínimo para sobreviver!—comprovando que no galvanizar das paixões, o homem moderno, à semelhança de Narciso, continua a contemplar a imagem refletida nas águas perigosas da vaidade e do egoísmo em que logo poderá asfixiar-se, inerme ou desesperado. No entanto, irrefletido, impõe-se exigências dispensáveis, a que se escraviza, complicando a própria e a situação dos demais usuários dos recursos da generosa mãe-Terra.

Nesse panorama deprimente, e para sanar alguns dos males imediatos e outros do futuro, sugestões e programas hão surgido preocupando as autoridades responsáveis pelos Organismos Mundiais, no sentido de serem tomadas providências coletivas e salvadoras urgentes. Algumas já estão sendo postas em prática, embora em número reduzido, tais o reflorestamento; a ausência de tráfego com motores de explosão em algumas cidades uma vez por semana; a tentativa da industrialização do lixo, com aproveitamento de energia, adubos e outros; controle no uso de pesticidas na lavoura; técnicas não poluentes com o fim de gerar energia; as áreas verdes na cidades; a segurança por meio de controle das experiências nucleares, a fim de ser evitada a contaminação . . .

Afirma-se que por onde o homem e a civilização passam ficam os sinais danosos da sua jornada, em forma de aridez, destruição e morte.

As grandes Nações materialmente, estruturadas e guindadas ao ápice pela previsão futurológica de mentes e computadores que prometiam tudo resolver, fazendo soberbas e vãs as criaturas, foram surpreendidas, há pouco, pelas conseqüências gerais da própria impetuosidade, no resultado da guerra no Oriente Médio, fazendo-as parar e modificando, em muitas delas, as estruturas e programas, previsões e soberania pelas exigências do deus petróleo em que estabeleceram as bases do seu poderio e das suas glórias, decepcionadas, atônitas...

Algumas tiveram a economia abalada, padecendo crises que resultaram do gravame geral, modificando a política interna e externa, num atestado de nulidade quanto aos compromissos humanos assumidos, à segurança e precariedade das humanas forças.

Como resultado, apressam-se as negociações internacionais por acordos diplomáticos e conchavos político-econômicos, enquanto a fome, campeando desassombradamente, confirma a falência dos cálculos e das fantasias materialistas, visivelmente per turbadas no testemunho dos seus líderes em convulsas transações com que tentam reequilibrar o poderio avassalado, quando, não, perdido ...

O poder de um dia. qual efêmera glória, sempre muda de mão e local, fazendo oscilarem, mudarem de rumo os interesses e as supostas proteções, fruto, indubitavelmente, de uma poluição descuidada—a de natureza moral!

A força e a grandeza de alguns povos até há pouco mandatários da Terra cederam lugar aos potentados reais, que se demoravam desconsiderados e as exigências da fome ameaçadora e voraz os situou como as legitimas potências que são disputadas, após o deus negro: o arroz, o trigo, o milho e o sorgo cujos celeiros, quase vazios no mundo, deles necessitam com urgência para a sobrevivência dos seres.

Todavia, o homem ingere e disparate mais terrível poluição, venenosa quão irrefreável graças ao cultivo de lamentáveis atitudes em que persevera e se compraz: referimo-nos à poluição mental que interfere na ecologia psicosférica da vida inteligente, intoxicando de dentro para fora e desarticulando de fora para dentro.

Estando a Terra vitimada pelo entrechoque de vibrações, ondas e mentes em desalinho, como decorrência do desamor, das ambições desenfreadas, dos ódios sistemáticos, as funestas conseqüências se faz em presentes não apenas nas guerras externas e destrutivas, mas também nas rudes batalhas no lar, na -família, no trabalho, nas ruas da comunidade, no comportamento. Intoxicado pela ira, vencido pelo desespero que agasalha, foge na direção dos prazeres selvagens nos quais procura relaxar tensões, adquirindo mais altas cargas de desequilíbrio em que se debate.

A poluição mental campeia livre, favorecendo o desbordar daquela de natureza moral, fator primacial para as outras que são visíveis e assustadoras.

O programa, no entanto, para o saneamento de tão perigoso estado de coisas, já foi apresentado por Jesus, o Sublime Ecólogo que em a Natureza, preservando-a, abençoando-a, dela se utilizou, apresentando os métodos e técnicas da felicidade, da sobrevivência ditosa nos incomparáveis discursos e realizações de que inundou a História, estabelecendo as bases para o reino de amor e harmonia, sem fim, sem dores, sem apreensões...

Nunca reagiu o Mestre—sempre agiu com sabedoria

Jamais se permitiu ferir -- deixou-se, porém crucificar,

Nenhuma agressão de Sua parte—facultou-se, no entanto, ser agredido.

Por onde passou, deixou concessões de esperança, bálsamo de reconforto, amenidade e paz. Seus caminhos ficaram floridos pelas alegrias e abençoados pelos frutos da saúde renovada.

Rei Solar, fez-se servo humilde de todos, mantendo-se inatingido, embora o ambiente em que veio construir a Vida Nova para os tempos futuros...

Repassa-Lhe a sublime trajetória.

Busca-O!

Faze uma pausa na terrível conjuntura em que te encontras e recorda-O.

Para toda enfermidade, Ele tem a eficiente terapia; para as calamidades destes dias, Ele tem a solução.

Ama e serve, portanto, como possas, quanto possas, quando possas.

A Terra sairá do caos que a absorve e voltarão o ar puro, a água cristalina, a relva repousante, o trinar dos pássaros, o fulgor do sol e o faiscar das estrelas em nome do Pai Criador e de Jesus, o Salvador Perene de todos nós.

Texto retirado do livro Após a Tempestade, 


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sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Ecologia á Luz do Espiritismo -04

(Parte 04)

Mahatma Gandhi disse certa vez: “Nós precisamos ser a mudança que nós queremos ver no mundo”.

De certa forma é a constatação do que foi dito acima com relação à pergunta de número 29 feita ao Espírito Emmanuel, mas sobretudo em sua resposta, no que tange a própria transformação do Homem para o bem , melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos aqueles que vivem em sua esfera de interferência.

E essência do que Gandhi quis dizer foi que, antes que o homem deseje modificar o mundo , ele deve, antes de mais nada, começar por modificar-se a si próprio.

Essa modificação se realiza em dois sentidos: de dentro para fora, isto é, em seus próprios pensamentos, em suas palavras e em suas ações, em relação a ele mesmo e projetando isso para o seu mundo exterior, e, por sua vez, recebendo dele todas as informações necessárias para se engrandecer em conhecimentos, em experiências , sobretudo se modificar para melhor e, por conseguinte, SER aquilo que queremos para o nosso mundo, para o meio, com todo o seu conjunto de funções e de estruturas, mas admitindo que não é a sua vontade pessoal que deve imperar , mas sim o bem estar da humanidade, dotada da mesma paz, equilíbrio e auto-conhecimento que ele próprio.

Através da Educação , que é uma espécie de jornada para dentro do próprio “eu”, certamente o desejado equilíbrio, necessário para que haja uma ação mais efetiva do homem em busca da sua própria evolução, se dará através da busca do equilíbrio saudável dos elementos no ambiente global e que também se aplicam ao equilíbrio saudável das forças que constituem os sistemas políticos. Em outras palavras, é através do auto-conhecimento consciente e disciplinado que poderá o homem chegar ao cerne deste processo, que é eminentemente educativo.

Al Gore disse em seu livro “O Equilíbrio da Terra”, de 1992, “que não surpreende que tenhamos nos tornado tão desconcertados com o mundo natural - e é incrível que ainda sintamos alguma conexão com nós mesmos. Acostumamo-nos com a idéia de um mundo sem futuro. As engenhocas de distração estão gradualmente destruindo a ecologia interior da experiência humana. O essencial para esta ecologia é o equilíbrio entre o respeito pelo passado e a fé no futuro, entre a crença no indivíduo e um compromisso com a comunidade, entre o nosso amor pelo mundo e o nosso medo de perdê-lo.

Um equilíbrio, em outras palavras, do qual o ambientalismo espiritual depende”.

V - BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, H.L. - “ALGUÉM VELA POR VOCE”, ALIANÇA DA FRATERNIDADE. 1995.
XAVIER,F.C. ( EMMANUEL).- “O CONSOLADOR”, FEB, 1940.
NOSSO FUTURO COMUM. RELATÓRIO DA COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. ED. DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. 1988
ODUM,E.P.- FUNDAMENTALS OF ECOLOGY. 2nd. EDITION. 1959
PLANETA -” MEDITAÇÃO. - VAMOS SALVAR A TERRA?” . número 13. 1999.

(Parte 04) - Perspectivas

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A Ecologia á Luz do Espiritismo -03

(Parte 03)

Encontramos no livro “O Consolador”, pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, as questões de número 27, 28 e 121, em que se lê:

“Como devemos compreender a Natureza?” e a resposta de Emmanuel foi a seguinte: “A Natureza é sempre o livro divino, onde a mão de Deus escreveu a história de sua sabedoria, livro da vida que constitui a escola de progresso espiritual do homem evoluindo constantemente com o esforço e a dedicação de seus discípulos”.

Em seguida, foi perguntado a Emmanuel:As manifestações de vida dos vários reinos da Natureza, abrangendo o Homem, significam a expressão do Verbo Divino, em escala gradativa nos processos de aperfeiçoamento da Terra? Ao que foi por ele respondido: “Sim em todos os reinos da Natureza palpita a vibração de Deus, como o Verbo Divino da Criação Infinita; e, no quadro sem-fim do trabalho de experiência, todos os princípios, como todos os indivíduos, catalogam os seus valores e aquisições sagradas para a vida imortal.

A pergunta 121 é a seguinte: “O meio Ambiente influi no Espírito?” e Emmanuel responde: “O meio ambiente em que a alma renasceu, muitas vezes constitui a prova expiatória; com poderosas influências sobre a personalidade, faz-se indispensável que o coração esclarecido coopere na sua transformação para o bem, melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos os que vivem na sua zona de influência”.

Pelo exposto, podemos ver que a Ecologia à luz do Espiritismo , certamente diz respeito à uma ecologia mais profunda, da consciência ecológica que deve vir do respeito à qualquer forma de preservação da vida, do respeito pela vida, que vem do religare espiritual.

É intenção de Deus de que todos os Seus filhos sejam felizes e, mesmo que nossa Humanidade atual, esteja neste planeta em fase de provas e expiações, com tudo isso nosso Deus, nos deu, por empréstimo um mundo muito belo, como um verdadeiro caleidoscópio de ambientes, com relevo, rios, montanhas, grutas, vales, florestas, cachoeiras, desertos, regiões cobertas de gelo, sendo as temperaturas muito baixas, fatores limitantes para qualquer forma de vida, onde apenas aquelas que possuam as precondicionantes e que foram sofrendo adaptações lentas e progressivas ao longo do tempo geológico, aperfeiçoaram-se de forma a viver em locais muito inóspitos e assim, para todas as demais formas de vida distribuídas pelas diferentes regiões biogeográficas de nosso planeta.

Se a intenção de Deus tivesse sido apreendida ao longo do tempo, sobretudo, no último século, pelos habitantes da Terra, não estaríamos diante dos descalabros que constatamos hoje em dia.

Naturalmente a Terra foi passando por transformações ( algumas quase imperceptíveis, enquanto outras, com características catastróficas) e os agentes naturais da Natureza, foram fazendo o seu trabalho, todos eles regidos pela batuta invisível dos Engenheiros Siderais.

As paisagens foram se sucedendo e com isso, muitas delas foram desaparecendo num lugar e aparecendo outras, em outros locais, e com elas todo o conjunto de formas vivas igualmente passaram pelo mesmo processo, que é sempre de cunho evolutivo, provendo assim, um saneamento de algumas regiões .

Entretanto, o que se apresenta no mundo atual, resguardadas algumas paisagens naturais que o Homem ainda não conseguiu modificar de forma muito indecorosa, o Continente Antártico sendo um desses exemplos, denota a total incúria e desrespeito, sobretudo do Homem contemporâneo, à Natureza que o cerca , sobretudo vindo a desestabilizar os ciclos biogeoquímicos do planeta, destruindo a camada de Ozônio que a protege da incidência muito acentuada dos raios ultra violeta, o efeito estufa, acrescido do lançamento cada vez maior de CO2 e outros gases que aceleram o efeito estufa, da utilização de defensivos agrícolas que, em nome de um melhor rendimento de safras e com conseqüências danosas para todos os sêres vivos, estão poluindo as terras e os rios , e que, por sua vez irão poluir os mares; e o efeito do “El Ninõ e La Niña”,aí também estão como exemplos muito nefastos.

Hoje , sabemos que estamos na iminência de catástrofes ecológicas de conseqüências imprevisíveis, caso o Homem não desperte rápido do seu sonho destrutivo, em nome do progresso e do desenvolvimento, de um condomínio que esta sob nossa responsabilidade e guarda ,mas que pertence a nosso Deus Criador apenas para quadro de nossa evolução e para ver se despertamos e nos religamos às realidades da Criação.

V - BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, H.L. - “ALGUÉM VELA POR VOCE”, ALIANÇA DA FRATERNIDADE. 1995.
XAVIER,F.C. ( EMMANUEL).- “O CONSOLADOR”, FEB, 1940.
NOSSO FUTURO COMUM. RELATÓRIO DA COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. ED. DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. 1988
ODUM,E.P.- FUNDAMENTALS OF ECOLOGY. 2nd. EDITION. 1959
PLANETA -” MEDITAÇÃO. - VAMOS SALVAR A TERRA?” . número 13. 1999.


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quinta-feira, 28 de julho de 2011

A Ecologia á Luz do Espiritismo -02


(Parte 02)

Antes de continuarmos, devemos saber qual o significado do termo Ecologia: oikos , em grego, quer dizer “casa”, “lugar onde se vive” e logos, também do grego, significa, “estudo de”.

Ecologia, de forma literal, pode ser entendida como “o estudo dos organismos em sua casa”.

Mas, como definição, podemos ter como sendo o estudo dos organismos ou de grupos de organismos em relação ao seu ambiente. Ou ainda, a ciência das interelações entre os organismos vivos e seu ambiente.

Considerando-se que a ecologia esta relacionada com a biologia de grupos de organismos e com processos funcionais nas terras, oceanos e águas doces é mais acurado dizer-se que ecologia é o estudo da estrutura e funções da natureza (admitindo-se que a humanidade é parte integrante dela), ou ainda: é a ciência do “ambiente vivo” ou simplesmente “da biologia ambiental”.

Pelo que pode-se ver do que foi dito acima em termos de conceituações, o Homem tem-se interessado pela Ecologia de uma forma prática, nada pragmática, desde muito cedo em sua História. Nas sociedades primitivas, cada indivíduo, para sobreviver, precisou ter um conhecimento definido do seu ambiente, isto é, para saber valer-se dele, precisou compreender as forças da Natureza , dos seus diferentes reinos, quer dizer: dos minerais, vegetais e demais animais.

O fruto de suas próprias observações levou esse homem primitivo a observar os astros em seu deslocamento pelo céu, os ventos, a chuva, as variações de temperatura, as correntes marinhas, as marés, as estações do ano, as plantas a serem cultivadas, por exemplo, e assim, empiricamente, mas perfeitamente integrado com tudo o que a natureza se lhe apresentava permitiu que sua trajetória evolutiva se processasse e chegasse onde estamos hoje, quando a Ciência e a Tecnologia contemporânea, já permitiram levar o Homem a explorar espaços e planetas outros que a Terra, tendo há trinta anos atrás, sido-lhe permitido pisar o solo lunar e retornado à Terra, são e salvo.

Só que o descompasso havido ao longo do tempo, levou o nosso planeta à situação em que se encontra em nossos dias, não precisando acrescentar as crises e os problemas que o próprio homem criou, mas que não se preocupou muito em resolvê-los, pelo menos, de forma objetiva e concreta.

Se considerarmos que as crises morais, sociais e filosóficas engendradas pelo Homem vieram refletir-se , de forma inexorável, sobre o meio que o cerca, como podemos esperar, por mais auto-regenerador que seja o Sistema de Gaia, que o Homem encontre um caminho pacífico e obedecendo os princípios básicos da Natureza para resolver tais conflitos?

“A pressão sobre o meio ambiente é, ao mesmo tempo, causa e efeito de tensões políticas e conflitos militares. As nações freqüentemente lutaram para ter ou manter o controle de matérias primas , suprimento de energia, terras, bacias fluviais , passagens marítimas e outros recursos ambientais básicos. Esses conflitos tendem a aumentar à medida que os recursos escasseiam e aumenta a competição por eles”, este trecho é encontrado na página 325 do relatório BRUNDTLAND, de 1988, da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no livro “Nosso Futuro Comum”, vindo corroborar o que foi dito acima.

Se hoje podemos compreender que a religião é a re-ligação do Homem com Deus Criador, reconectar-se com a Teia da Vida significa, dentro da observância da Lei de Evolução, construir e alimentar comunidades sustentáveis nas quais podemos satisfazer nossas necessidades a aspirações, sem diminuirmos as chances das gerações futuras, tentando o homem de todas as formas possíveis minimizar os efeitos, por mais nefastos que sejam, das disputas políticas entre as nações, sobre o meio ambiente .

Por causa disso, precisamos reaprender alguns princípios básicos de Ecologia.
Considerando-se que, basicamente todos os sistemas vivos exibem os mesmos princípios de organização, todas as comunidades são redes organizacionalmente fechadas, mas abertas a fluxos de energia e de recursos.

Por causa disso, o Homem precisa entender que apenas compreender os ciclos da natureza não lhe basta mais; faz-se necessário que ele traga isso para todas as experiências por que passa ao longo de sua vida. Além do princípio da interdependência, isto é, a dependência mútua de todos os processos vivos uns aos outros, que é a natureza de todo relacionamento ecológico que precisa ser igualmente incorporada, há a necessidade de o homem compreender porque determinadas crises ocorrem em certas regiões da Terra, como conseqüência de sua inadequada prática do uso da terra, por exemplo.

Compreender a interdependência ecológica significa compreender o relacionamento das partes com o todo, dos objetos com os relacionamentos, do conteúdo aos padrões.

V - BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, H.L. - “ALGUÉM VELA POR VOCE”, ALIANÇA DA FRATERNIDADE. 1995.
XAVIER,F.C. ( EMMANUEL).- “O CONSOLADOR”, FEB, 1940.
NOSSO FUTURO COMUM. RELATÓRIO DA COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. ED. DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. 1988
ODUM,E.P.- FUNDAMENTALS OF ECOLOGY. 2nd. EDITION. 1959
PLANETA -” MEDITAÇÃO. - VAMOS SALVAR A TERRA?” . número 13. 1999.

Por.: Izabel Gurgel

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