quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A ALMA DO MUNDO


Quando você conseguir superar problemas graves não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.

Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.

Uns queriam silêncio; outros, ouvir.

Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.

Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.

Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera, a inferior julga;
a superior alivia, a inferior culpa;
a superior perdoa, a inferior condena.

Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!


O Hospital Espiritual do Mundo agradece a irmão EDUARDO SILVA - DO ESTADO DE SÃO PAULO pelo texto que engrandeceu este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados. 
Se deseja compartilhar e divulgar estas informações, reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada. Hospital Espiritual do Mundo

NOTA.: As imagens usadas neste site foram tiradas da net sem autoria das mesmas. Caso alguém conheça o autor das imagens, agradeceremos se nos for comunicado, para que possamos conferir os devidos créditos. Grata, Esperança.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O OUTRO LADO DO AUTISMO


Portadores da síndrome de Asperger, um tipo pouco conhecido do distúrbio, se mobilizam para melhorar sua integração na sociedade.

CONEXÃO Rodolfo e outros portadores compartilham experiências

Durante três décadas, o paulista Rodolfo Vinícius Leite se sentiu distante de todo mundo: "Era como se eu fosse um alienígena na Terra." Embora levasse uma vida aparentemente normal, não conseguia acompanhar os interesses dos amigos. Aos 32 anos, foi diagnosticado com um transtorno de desenvolvimento pouco conhecido no Brasil, mas que afeta uma entre 500 pessoas: a síndrome de Asperger. Trata-se de um tipo de autismo considerado mais leve.

Entre suas características estão a dificuldade de socialização e o interesse restrito a poucos assuntos. Apesar da fala articulada, não compreendem bem figuras de linguagem, como ironias e metáforas, e têm problemas para interpretar os sentimentos dos outros. Mas, ao contrário de muitos autistas, não sofrem nenhum tipo de deficiência cognitiva e costumam ter habilidades surpreendentes, como excelente memória.

À medida que a síndrome se torna mais conhecida, começam a surgir no Brasil grupos de apoio e acompanhamento para portadores. A intenção é dividir experiências e mostrar que, com ajuda especializada, eles podem ser capazes de ter uma vida autônoma e bem-sucedida.

Com apenas seis meses de criação, um desses grupos se reúne às quartas- feiras, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

"Conversamos sobre nossas dificuldades e nosso dia a dia", conta Leite, um dos 20 participantes. Eles também compartilham experiências em um blog na internet. Para Leite, foi um passo importante para se compreender melhor.

"Hoje eu respeito minhas limitações", diz. Graduado em letras, ele trabalhou oito anos como bancário, mas hoje está desempregado. "Tenho poucos assuntos de interesse. Só gosto de música, filmes, seriados de tevê, desenhos e carros", conta. "Não aprecio futebol e política, assuntos sobre os quais as pessoas geralmente conversam. Fico sem assunto.

Segundo o coordenador do projeto, o psiquiatra Estevão Vadasz, esse tipo de dificuldade causada pela síndrome pode fazer com que o indivíduo se isole socialmente - provocando ansiedade e até depressão. É isso que os encontros pretendem evitar. "Criamos uma espécie de clube social', diz Vadasz. 

Também em São Paulo, a Associação dos Amigos do Autista iniciou este mês uma série de reuniões para jovens com Asperger. "Queremos conhecer suas necessidades", diz a psicóloga Mariana Colla. Na internet, proliferam blogs e listas de discussão de portadores e familiares, além de comunidades dedicadas ao tema.


Nos Estados Unidos e na Europa, organizações de aspies - como se denominam os portadores - foram mais longe: lançaram um movimento argumentando que a condição não é um transtorno, mas um estilo de vida. A Aspies for Freedom combate tentativas de "normalizar" os indivíduos. No Brasil, a luta contra o preconceito está começando, mas especialistas tendem a seguir uma abordagem diferente: dizem que reconhecer a existência de uma desordem ajuda o indivíduo a sofrer menos. "Se não se adaptar, a tendência é que ele seja excluído", alerta o psiquiatra Fábio Barbirato, da Santa Casa do Rio de Janeiro.

O diagnóstico da síndrome, causada por características genéticas que afetam o funcionamento do cérebro, é feito por entrevistas e testes linguísticos. O tratamento com remédios só é necessário em casos de depressão ou ansiedade. Especialistas recomendam o acompanhamento com a terapia comportamental, que ajuda o portador a decifrar os códigos sociais. Foi assim que o estudante carioca Vinícius Souza de Moura, 18 anos, diagnosticado na infância, deu a volta por cima depois de cair em depressão.

Apesar da memória incrível - sabe datas exatas de eventos casuais e históricos, como as dos títulos do seu time, o Botafogo -, ele sente dificuldade de relacionamento. "Na terapia, trabalho conflitos, aprendo a olhar nos olhos e ser mais delicado." Cursando o terceiro ano do ensino médio, ele pretende prestar vestibular para história. Seu esforço é acompanhado do apoio da família e dos amigos, fundamental para que qualquer pessoa, com ou sem a síndrome, sinta-se acolhida no mundo.

N° Edição:  2065 |  10.Jun.09 - 10:00 |
IMAGENS: DO PRÓPRIO ARTIGO DA REVISTA

Se deseja compartilhar e divulgar estas informações, reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada, Hospital Espiritual do Mundo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

ESPECIAL AUTISMO -07


ESPECIAL AUTISMO -07

Autismo é o Preço da inteligência,
diz descobridor da estrutura do DNA
Por.: Claudio  Ângelo

 Enviado Especial da Folha de S.Paulo a Cold Spring Harbor (EUA)

James Watson, codescobridor da estrutura do DNA, pai da biologia molecular e polemista profissional, tem uma nova teoria para explicar a suposta genética da inteligência. Os genes que predisporiam algumas pessoas a habilidades intelectuais elevadas seriam os mesmos que disparam doenças como autismo e esquizofrenia.

Coincidentemente, é essa a hipótese que um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado está desenvolvendo. Os dados foram apresentados na semana passada nos Estados Unidos, logo depois de Watson ter delineado suas ideias.

"Isso é muito especulativo. Não posso provar", admitiu à Folha o biólogo, de 81 anos. Mas a inteligência, continuou, é rara porque casais inteligentes têm probabilidade mais alta de terem filhos com problemas. "E esses genes tendem a ser eliminados pela seleção natural."

Watson apresentou sua tese durante o 74º Simpósio de Cold Spring Harbor sobre Biologia Quantitativa, organizado pelo laboratório do qual ele era chanceler - até ser demovido do posto no fim de 2007 por ter feito comentários racistas.

Longe de se retratar pelo episódio, Watson ainda sugeriu, durante sua apresentação, que outro motivo pelo qual a inteligência é rara é que "as pessoas inteligentes pagam por dizerem a verdade. Sei disso por experiência pessoal".

Autorreferência
O cientista começou a desenvolver sua hipótese depois de ter sido o primeiro ser humano a ter o genoma sequenciado.
"Fiquei assustado, descobri que tinha mutações em três genes ligados ao reparo do DNA".

Esses genes, como o BRCA1 e o BRCA2, entram em ação para corrigir danos causados durante a replicação do DNA ou por uma agressão do ambiente, como radiação. Mutações neles estão ligadas ao câncer.
"Pessoas com essas mutações tendem a ter filhos especiais", disse. Watson tem um filho esquizofrênico.

Os mutantes são mais inteligentes que a média e têm menos filhos - e, de acordo com Watson, têm problemas para se relacionar com as outras pessoas. Veja os cientistas.

Supostamente, os genes da inteligência seriam eliminados pela seleção natural. "Mas por que eles não somem e a humanidade não fica mais estúpida?"

Elementar, afirma Watson. As sociedades que têm indivíduos com alta cognição, como Einstein e Darwin, se beneficiam. O processo evitaria o expurgo da inteligência - e da esquizofrenia - do "pool" genético dessas populações.

Faca de Dois Gumes
Menos especulativa é a ligação entre cognição e doenças mentais feita pelo grupo de James Sikela (Universidade do Colorado). Ele e seus colegas descobriram uma correlação entre o alto número de cópias de um gene numa certa região do DNA humano e o desenvolvimento do cérebro. Essa região, dizem outros estudos, estaria também implicada com autismo e esquizofrenia.

Os pesquisadores identificaram que uma região instável do genoma chamada 1q21.1 concentrava um número alto de cópias de um gene chamado DUF1220. "A relação de causa e efeito não está provada, mas nós relatamos uma correlação" entre o aumento do número de cópias desse gene na linhagem humana e o aumento do cérebro, disse Sikela à Folha.

Essa instabilidade é "uma faca de dois gumes". "Ela teria permitido mais cópias do DUF1220 e, portanto, teria sido retida na evolução. Por outro lado, essa instabilidade não é precisa e pode gerar um embaralhamento deletério de sequências.

É por isso que os vários estudos recentes que têm relacionado variação no número de cópias na região 1q21.1 no autismo e na esquizofrenia chamaram nossa atenção: isso se encaixa na ideia de que os indivíduos com essas doenças são o preço que a nossa espécie paga pelo mecanismo que permitiu e permite a geração de mais cópias da DUF1220."

Sikela disse que Watson não sabia de seus dados e que o mecanismo sugerido por ele é diferente. "Mas, em teoria, outras regiões do genoma poderiam se encaixar no modelo."

Notícia publicada na Folha Online, em 3 de junho de 2009.

Há uma teoria para explicar a suposta genética da inteligência. Será que o Autismo(1) é o preço da inteligência, consoante afirma o descobridor da estrutura do DNA James Watson? "Os genes que predisporiam algumas pessoas a habilidades intelectuais elevadas seriam os mesmos que disparam doenças como Autismo, Esquizofrenia e, até, [pasmem!] "burrice".(2) É essa, também, a hipótese de um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado. Watson começou a desenvolver sua hipótese, depois de ter sido o primeiro ser humano a ter o genoma sequenciado. Descobriu que tinha mutações em três genes ligados ao reparo do DNA.

"Pessoas com essas mutações tendem a ter filhos especiais"(3) – teoriza Watson - que tem um filho que sofre de uma deficiência cognitiva similar ao autismo, fato esse que não costuma abordar em público, mas que, certamente, teria influenciado suas opiniões sobre o tema. Ele afirmou, certa vez, que a "burrice" é genética e que seria, moralmente, necessário modificar genes humanos para eliminá-la.

James já defendeu, no passado, além das terapias genéticas convencionais (injeção de genes "corrigidos" em pacientes com doenças metabólicas), a modificação de genes na linhagem germinativa de células humanas (gametas, como óvulos e espermatozóides). Isso faria com que a alteração fosse herdada pelos descendentes da pessoa.

Provavelmente, um pouco menos especulativa, é a ligação entre cognição e doenças mentais feita pelo grupo liderado por James Sikela, da Universidade do Colorado. O grupo descobriu uma correlação entre o alto número de cópias de um gene, numa certa região do DNA humano, e o desenvolvimento do cérebro. Essa região, dizem outros estudos mais heterodoxos, estaria, também, implicada com Autismo e Esquizofrenia. O perigo das afirmações científicas, muitas vezes, significa o materialismo, qual véu posto entre a realidade e os olhos dos cientistas.

"O Autismo continua sendo um desafio, um enigma, uma esfinge."(4) Todos os geneticistas e biotecnólogos que se apoiam no determinismo genético(5) não cedem espaço para a existência do Espírito, e, muito menos, para a reencarnação. Sabe-se que são mais de 3 bilhões as combinações genéticas possíveis no ser humano.

Normalmente, nenhum cientista materialista pensa em existência de vida na dimensão do além-túmulo, e, muito menos, nas leis de Causa e Efeito. Contudo, sabem que há dificuldades nos dois aspectos, tanto no genótipo (genes que acarretariam uma característica), quanto no fenótipo (características, de fato, manifestadas no indivíduo).

O pesquisador Stephen Jay Gould, já desencarnado, também tinha um filho autista [Josh, um exímio calculista de calendários, capaz de dizer, em segundos, em que dia da semana cai uma data qualquer]. 

Paradoxalmente, Gould se tornou um estóico adversário do determinismo genético – "o que não deixa de ser uma indicação de que parece haver muito mais determinações entre genes e cultura do que pode supor a biotecnologia."(6) "Em verdade, o esquema ‘um gene/uma doença’ não é aplicável nem mesmo a males com mecanismos mais imediatamente bioquímicos, como o câncer".(7) Menos ainda podem ser usados para entender e/ou controlar manifestações complexas como "inteligência" ou "burrice".

A rigor, não há um tratamento para o portador de psicose desintegrativa ou hipotonia profunda. O autista é como um corpo sem ninguém dentro, porém recordemos que o espírito imortal está em sua plena consciência e percebe o que ocorre à sua volta, ainda que "encapsulado" em si mesmo. Para os espíritas, a causa pode ser "um sentimento de culpa não resolvido, suscitado por um desvio de comportamento, ocorrido em vidas anteriores. Mas, o Autismo não é um castigo, mas um instrumento de aprendizado, de "ajuste da consciência ética fustigada pelo arrependimento ou remorso e desejosa de se pacificar".(8) A doença é um transtorno invasivo do desenvolvimento, que se manifesta, normalmente, antes dos 3 anos de idade. Caracteriza-se por um desenvolvimento anormal e por mostrar alterações em três áreas: interação social, comunicação e comportamento. Na maioria das ocorrências, a causa é desconhecida.

Noutros casos, fica a se dever a problemas médicos como as infecções intra-uterinas, das quais, as mais habituais são a rubéola, doenças congênitas como a síndrome do X Frágil, também conhecida como síndrome de Martin & Bell que, "por sua incidência, considera-se-lhe a primeira causa de deficiência mental hereditária"(9), e a síndrome Fetal Alcoólica, provocada pela gestante que ingere bebidas alcoólicas durante a gravidez. Na maioria das vezes, as causas são desconhecidas, sendo, desse modo, um verdadeiro mistério para a Ciência. Em termos médicos, pode dizer-se que não há um psicofármaco específico para se tratar o autismo. Os medicamentos que se usam são administrados apenas para controlar as agitações psicomotoras e as hetero e auto-agressões produzidas pelos autistas. É uma patologia de etiologia muito complexa, que requer não somente uma abordagem multidisciplinar que envolve educadores, psicólogos e terapeutas ocupacionais, mas, sobretudo, exige uma análise sob a Luz da Doutrina Espírita.

Nesse estado mental patológico, que leva a pessoa a se fechar em seu próprio mundo, alheando-se, em grande medida, do mundo exterior, há débitos passados muito graves, acompanhados, normalmente, pela consequente obsessão espiritual, pelo que o tratamento indicado pode ser o da desobsessão, da aplicação de passes e da utilização de água fluidificada.

Há casos de autistas que conseguiram a cura completa, embora muito raros. No entanto, na literatura médica, há casos de pacientes que conseguiram certa autonomia e uma melhoria surpreendente, insólitos, incomuns.

Existem pessoas que estão dentro do chamado Autismo clássico, outras apresentam algumas das características autistas, aliadas a uma inteligência fora do comum, geralmente voltada a um assunto específico, sendo que essas pessoas têm extrema dificuldade de relacionamento inter-pessoal, grande rigidez nas rotinas do dia-a-dia, e aparente desprezo pelos sentimentos dos outros. Mas, ao menos, conseguem viver em sociedade... mesmo sendo chamados de difíceis, geniosos, ou termos menos elegantes.

Sabemos que há vida antes da vida, vida após a vida e vida entre as vidas. Quando houver maior integração da ciência, entendendo o ser humano de forma mais completa, com corpo, cérebro e espírito, creio que compreenderemos mais acerca das muitas psicopatologias desafiadoras. Nas obras da litero-médico-espírita, vamos encontrar inúmeros esclarecimentos sobre as suas causas e sobre o processo de formação dos sintomas, e que vêm lançar uma nova luz sobre estes mesmos sintomas, dado que, nas instruções kardecianas, cada pessoa é vista sob a óptica da reencarnação. "Mesmo quando os imperativos genéticos produzem situações orgânicas ou psíquicas constrangedoras no indivíduo, tais como: gêmeos siameses, síndrome de down, autismo, cegos e aleijados, esses se derivam da conduta pessoal anterior em vidas passadas, e devem ser considerados como estímulo ou métodos corretivos, educacionais, a que as Leis da Vida recorrem para o aprimoramento dos seres humanos."(10) Como se observa, do ponto de vista doutrinário, há esses aspectos determinantes da patologia, o autista é um ser que, por algum motivo, não "acordou" no mundo material. Permanece escondido, no patamar da existência carnal e espiritual. Muitas vezes, até, observa-se, nalguns casos, que não há propriamente autismo, mas espectros autísticos, graus e níveis de distúrbios mentais e emocionais. Destarte, o máximo que se poderia afirmar, em termos de consenso, seria dizer que, dentre os sintomas básicos atribuídos à síndrome, cada autista apresenta diferentes ênfases sobre esta ou aquela característica intrínseca. Até porque, "murado dentro de si mesmo, o autista vive em um mundo de isolamento. Os cientistas que buscam implodir essa barreira trabalham baseados em hipóteses diversas e conflitantes, utilizando uma gama imensa de abordagens e terapias.(11)

Podemos reafirmar, então, que o Autismo é uma corrigenda natural da vida imposta ao espírito, objetivando a restrição do seu relacionamento com os que o rodeiam. Isso, porém, não impede que o espírito receba as manifestações de afeto e carinho a ele endereçadas que, certamente, graças a essas impressões vigorosas do amor, contribuirão para minimizar a alienação temporária em que vive, e, quem sabe, acelerar a sua cura.

Fontes:
(1) O termo Autismo foi utilizado pela 1ª vez pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler, para designar não um quadro clínico, mas um dos sintomas da Esquizofrenia. Em 1911, Bleuler mudou o nome da então chamada "Demência precoce" para "Grupo das Esquizofrenias";
(2) Watson apresentou sua tese durante o 74º Simpósio de Cold Spring Harbor sobre Biologia Quantitativa;
(3) Reportagem publicada na Folha Online em 03/06/2009 – "Autismo é o preço da inteligência, diz descobridor da estrutura do DNA", disponível no site <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u575851.shtml>, acessado em 18-06-2009;
(4) Idem;
(5) Tese de que tudo num organismo é prefixado pelos genes;
(6) Disponível no site
(7) Disponível no site
(8) Miranda, Hermínio. "Autismo - uma leitura espiritual", São Paulo: Editora Lachâtre, 2003;
(9) Cf. afirma a Federación Española del Síndrome X Fragil, disponível no site <http://www.xfragil.org/>, acessado em 19-06-2009;
(10) Disponível no site
  
Perfil do Autor.: JORGE HESSEN (É Formado em Estudos Sociais com ênfase em Geografia e Bacharel e Licenciado em História pela UnB. Escritor de diversos livros publicados, Articulista com textos publicados na Revista Reformador da FEB, O Espírita de Brasília, O Imortal, Revista Internacional do Espiritismo, O Médium de Juiz de Fora, Brasília Espírita, Mato Grosso Espírita, Jornal União da Federação Espírita do DF. Artigos publicados na WEB da Federação Espírita Espanhola, l'Encyclopédie Spirite. Revista eletrônica O Consolador, da Espiritismogi.com.br, Panorama Espírita, Garanhuns Espírita e outros portais. http://jorgehessen.netjorgehessen@gmail.com.

HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO, agradece a gentileza do irmão JORGE HESSEN por enobrecer este espaço com seus artigos, contribuindo para nossa evolução e aprendizado espiritual.
IMAGEM.: Site Ultrad.com.br

O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO, obteve do próprio autor autorização para publicação de seus artigos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ESPECIAL AUTISMO -06

Especial Autismo -06


Neste texto ele nos mostra a relação existente entre Espiritismo e autismo.

1 - A doutrina Espírita pode nos facultar compreender que um autista não o é por acaso biológico, nem seus pais e familiares estão convivendo com ele por uma mera casualidade. Há uma continuidade de vidas anteriores e sobretudo continuidade do período intermissivo (entre as encarnações) ou erraticidade. Assim sendo convém considerar que o autismo decorre de causas pretéritas, em especial do período da chamada "erraticidade" quando posturas psíquicas foram determinantes para esta situação que será transitória no decurso do tempo.

2 - O autismo, segundo alguns autores encarnados e desencarnados, é uma expressão física, de uma importante desarmonia espiritual na qual o espírito recusa insistentemente reencarnar, rejeita ou não quer e não admite renascer. Em função disto, traz um aspecto de estar ausente, não adaptado, a realidade encarnatória.

3 - A doutrina espírita pode também auxiliar no tratamento e orientação aos familiares: além das sempre recomendáveis posturas universais e cristãs, de compreensão, carinho e respeito, há atitudes que podem beneficiar a um espírito encarnado nesta situação.

3.1 - Conversar com o autista quando ele estiver dormindo, pois a conversa é captada pelo inconsciente (espírito) este é quem está doente. Durante o sono o cérebro está dando espaço para que comuniquemos diretamente com o espírito, nesta conversa, falar devagar, pausadamente e dizer:

- Estamos contentes porquê você está aqui entre nós.
- Você tem muito que fazer aqui na Terra.
- Você vai ser feliz nesta vida.
- Nós te amamos muito.
- Você é inteligente, nós sabemos (repita) que você é inteligente.
- Você é amoroso, (repita) nós sentimos que você é amoroso.

Conte fatos bonitos, fale das belezas da natureza, da amizade, do amor etc.
Depois ou antes da conversa coloque músicas suaves.

3.2 - Mentalizar o chakra frontal (testa entre os olhos) enviando em pensamento uma energia luminosa azul clara e brilhante, repetindo pensamentos claros, lúcidos, curtos, por exemplo:

"Amanhã será sábado, sábado (repetir) é dia de (citar)...,"
"Quando acordar você vai pensar em bom dia, você vai dizer bom dia, eu vou dizer bom dia para você... "

Imagine e repita: "Uma energia agradável, bela, azul, clara e brilhante está entrando pela testa, diga: "a sensação é "boa"!
Repetir as frases...mentalize e fale da cor azul.

3.3 - Mentalizar o chakra cardíaco, imaginar uma energia luminosa rosa, envolvendo o coração do autista, dizer que é uma energia "boa ".

Fale: "agora você vai sentir a energia do nosso amor, sinta o amor entrando com esta energia rosa."

"Sinta a energia do carinho, fulano (diga o nome da pessoa) pense: eu gosto de... (cite) eu amo... eu sou capaz de amar, (fale devagar) eu sou capaz de gostar das pessoas."

"Meus olhar vai dizer que eu amo as pessoas."
Assim por diante.

3.4 - Pode-se e deve-se colocar o nome nos trabalhos espirituais de irradiação. Não recomendaríamos irradiação colectiva, mas individual, isto é específica para a pessoa ou o caso.

3.5 - Administrar passes.
3.6 - Indicar água energizada
3.7 - Preces
3.8 - Trabalhos de desobsessão (considerar que o problema não seja obsessão mas auto-obsessão, portanto dar ser dado este enfoque, esta condução)
3.9 - Orientar para manter o acompanhamento médico

4 - Muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita paciência.

Abraço fraterno.
Dr. Ricardo di Bernardi

Texto Publicado no "Jornal de Espiritismo" na Coluna "Medicina e Espiritualidade", em parceria com AME Porto.

Perfil Autor.: Dr. Ricardo Di Bernardi (É Médico Homeopata Geral, Pediatra, Presidente da Associação Médico-Espírita de Santa Catarina, Brasil, Articulista Espírita, Palestrante, Escritor e Autor de diversos Livros -"Gestação Sublime Intercâmbio", "Reencarnação e Evolução das Espécies", "Dos Faraós a Física Quântica", "Reencarnação em Xeque" e "Voo Livre – Um estudo sobre Reencarnação". E-mail: ricardo.di.bernardi@terra.com.br
IMAGEM.: Site Ultrad.com.br

O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos DO JORNAL DE ESPIRITISMO e o DR. RICARDO DI BERNARDI por compatilhar este artigo que engrandeceu este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.

O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO, obtive do próprio autor autorização para publicação de seus artigos.

domingo, 6 de novembro de 2011

ESPECIAL AUTISMO -05

Especial Autismo -05


Muito além dos Neurônios foi o título do segundo painel ocorrido no primeiro dia do Medinesp, o congresso internacional da Associação Médico-Espírita do Brasil, realizado de 7 a 9 de junho, no Maksoud Plaza, na capital paulista. Nele, um dos palestrantes, Carlos Eduardo Sobreira Maciel, Especialista em Psiquiatria, do corpo clínico do Hospital Espírita André Luiz, de Belo Horizonte (MG), membro do Grupo de Estudo de Espiritismo e Psiquiatria da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais (AME-MG) e vice-presidente da entidade, abordou o tema Neurônios-espelho, autismo e marcas espirituais, tratado na entrevista abaixo:


Ismael Gobbo


Folha Espírita - A mídia científica está dizendo que as recentes descobertas sobre os neurônios-espelho são um dos achados mais importantes das neurociências nos últimos tempos. Isso é verdade?


Carlos Eduardo Sobreira Maciel - De fato, a descoberta dos neurônios-espelho constitui um avanço muito importante no sentido de termos agora alguma resposta mais profunda no tocante à causalidade do autismo. Todavia, como a descoberta diz respeito apenas à causalidade biológica, para a visão médico-espírita ainda é algo muito restrito.


FE - Alguns cientistas até ousam dizer que essas células irão fazer pela Psicologia o que o DNA fez pela Biologia. Por quê?


Maciel - Eu reafirmo o que disse anteriormente, que a descoberta é importante. Acho que ela esclarece muito, em nível celular, sobre a relação entre os indivíduos, porque nos possibilita identificar as emoções, os atos e as intenções alheias, colocando-nos numa relação empática com o outro. Eu acredito que isso pode servir de subsídio para a Psicologia e para muitos estudos, mas considero ainda muito cedo para compará-la com o que hoje se sabe do DNA.


FE - O que são neurônios-espelho?


Maciel - Neurônios-espelho são um conjunto de células cerebrais que têm a função de refletir no cérebro do observador um ato realizado por outro indivíduo. Por exemplo: essas células são ativadas em meu cérebro quando eu pego um copo d'água. As mesmas células são ativadas em alguém que me observa. Então elas espelham no cérebro de outro indivíduo, o observador, aquilo que estou fazendo. Portanto os neurônios-espelho nos permitem uma compreensão visceral daquilo que observamos, não só as ações, mas também as emoções.


FE - O que é autismo?


Maciel - O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento que se manifesta antes dos 3 anos de idade. Ele se caracteriza por um desenvolvimento anormal e por alterações em três áreas: interação social, comunicação e comportamento.


FE - Por que ele acontece?


Maciel - A maioria dos casos de autismo tem causa desconhecida. Alguns decorrem de condições médicas, dentre as quais infecções intra-uterinas como a rubéola congênita, doenças genéticas como a síndrome do x-frágil, e a síndrome fetal alcoólica provocada pela ingestão de álcool pela mãe durante a gravidez. Essas são as mais comuns. Todavia, as causas na maioria das situações são desconhecidas, um verdadeiro mistério para a ciência.


FE - Existe tratamento para o autismo?


Maciel - Do ponto de vista médico podemos dizer que não há um psicofármaco específico para tratar o autismo. Os medicamentos utilizados são ministrados para controlar as agitações psicomotoras e as auto e heteroagressões produzidas pelos indivíduos autistas. O autismo é uma doença muito complexa que requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo educadores, psicólogos e terapeutas ocupacionais, visto que requisita atenção para as questões educacionais e de socialização. Como médicos espíritas, sabemos da importância da terapêutica complementar espírita que a Doutrina nos recomenda. Nessa patologia, via de regra, há severos débitos passados com conseqüente obsessão espiritual, o que indica o tratamento desobsessivo, aplicação de passes e uso da água fluidificada.


FE - E o que são as marcas espirituais sobre as quais você fala?

Maciel - Essa é uma terminologia genérica que utilizamos para tratar do assunto ao nos referirmos à causalidade mais profunda do autismo.

Encontramos nas obras da literatura médico-espírita esclarecimentos sobre as causas e o processo de formação dos sintomas, o que nos proporciona uma nova leitura dos sintomas autísticos, em que cada indivíduo é visto sob a ótica reencarnacionista. Importante lembrar aqui o processo de formação do autismo a partir do momento da reencarnação, quando se vislumbra a consciência do indivíduo marcada pela culpa, acarretando lesões no seu perispírito e conseqüente impressão na formação do sistema nervoso do novo corpo e os sintomas autísticos advindos dessa impressão.


FE - Seria uma deformação perispirítica?


Maciel - São duas as possibilidades de formação do autismo. Uma delas, como já disse, seria o reencarnante que sofre o efeito das marcas que traz no perispírito.

Esses danos perispirituais levam às lesões do sistema nervoso, que, por sua vez, desencadeiam as manifestações de natureza autista. Nesse caso o indivíduo não consegue se comunicar por causa de deformações ou lesões nos corpos astral e físico. A outra possibilidade seria esse espírito, marcado com a consciência da culpa, temendo uma reencarnação compulsória na qual colherá os efeitos de faltas passadas. Segundo os mentores da associação, choques frontais e desvios graves do passado provocam esse sentimento de culpa. Nessa situação, o espírito rejeita a reencarnação, provocando o autismo. Ocorre um severo processo de auto-obsessão por abandono consciente da vida, um auto-encarceramento orgânico. Nesse caso, mesmo não havendo uma lesão direta do perispírito, a rejeição à reencarnação e a recusa à comunicação danificam o cérebro.


FE - Então o autismo pode ser considerado uma marca espiritual?

Maciel - Sem dúvida, as raízes desse comportamento são encontradas em tempos remotos vividos pelo espírito milenar. Segundo Bezerra de Menezes, no livro Loucura e Obsessão, muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir do resgate de suas faltas passadas, das lembranças que os atormentam e das vítimas que angariaram nesse mesmo passado.


FE - Há casos de autistas que alcançaram a cura total?


Maciel - É uma situação muito rara. Mas há casos na literatura de pacientes que alcançam uma certa autonomia e uma melhora surpreendente, inusitada e muito incomum. Há inclusive livros publicados por esses autistas. Mas há que se ter cuidado com o diagnóstico, porquanto há casos rotulados de autismo que na realidade não o são. O autismo é uma doença complexa até no sentido de se fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças.


FE - Quais os livros que os interessados poderiam consultar para melhor conhecer o autismo?


Maciel - Recomendo especialmente o livro de Hermínio Miranda Autismo - Uma Leitura Espiritual.


FE - Qual a mensagem que você deixaria aos pais e familiares espíritas e não espíritas que convivem com autistas e buscam uma resposta para o problema?


Maciel - Eu diria que o mais importante na lida com esses pacientes é não se esquecer que eles são nossos semelhantes bem profundos, com nível evolutivo bem próximo ao nosso. Segundo os mentores da Associação Médico-Espírita, uma das poucas diferenças que há entre nós e eles é que estamos num nível um pouco melhor de boa vontade, mas nossas faltas são praticamente as mesmas. Temos, portanto, a bendita oportunidade de ocupar, temporariamente, a posição de "cuidadores". Eu enfatizaria aos pais a importância do exercício da tolerância, da empatia, da compreensão e da paciência com seus filhos, tendo em vista que o que lhes falta não nos pode faltar. Temos de nos colocar na posição deles a fim de compreendê-los e amá-los.


"Os pais de autistas devem exercitar a tolerância, empatia, compreensão e paciência com seus filhos, tendo em vista que o que lhes falta não nos pode faltar. Temos de nos colocar na posição deles a fim de compreendê-los e amá-los".


IMAGEM.: Site Ultrad.com.br

O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos DO SITE AME BRASIL E DR. CARLOS EDUARDO SOBREIRA MACIEL por compatilhar este artigo que engrandeceu este espaço de Aprendizagem e encontros Sagrados.


O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO, obtive DO SITE AME BRASIL  autorização para publicação de seus artigos.