quinta-feira, 14 de julho de 2011

O Novo e o Velho



Era uma manhã ensolarada. O sol, que acabava de despontar no horizonte, iluminava a montanha coberta por uma floresta verdejante à direita e tornava azuladas as águas do mar à esquerda.

Um rapaz de seus 15 ou 16 anos caminhava pela praia nesta manhã e reparou que ela estava repleta de pequenos seres marinhos, arrastados pela maré noturna para as areias que se tornavam cada vez mais aquecidas pelo calor do sol que se elevava cada vez mais do horizonte e se tornava uma ameaça às suas vidas frágeis.

A praia de areias brancas se tornou acinzentada pela enorme quantidade destes seres conhecidos como bolachas do mar. Estes pequenos seres possuem pernas minúsculas como filamentos adaptados a caminhar dentro d'água, mas não fora dela.

Por isso não conseguiam por si só retornar ao mar.

Eram milhares. Não .. Milhões deles espalhados por toda a extensão da praia. Na verdade era um número incontável deles ali se aquecendo perigosamente ao sol nascente daquele horário da manhã.

O rapaz ficou admirado com a quantidade destes pequenos animais por ali, mas, segundo ele mesmo, nada poderia fazer por eles e, despreocupadamente, continuou a caminhar pelas areias macias e úmidas daquela praia em seu passeio matinal daquele domingo ensolarado.

Mais adiante, naquela praia deserta, o rapaz encontrou um senhor que deveria ter seus 70 ou talvez até mesmo 80 anos de idade, a julgar por seus cabelos grisalhos e sua pele envelhecida e sulcada.

Aquele senhor, que pela idade andava encurvado, abaixava repetidas vezes para alcançar com as mãos os pequenos animais ressequidos, mas ainda vivos, que espalhados pela areia, esperavam pela alta da maré para sobreviverem, recolhendo alguns daqueles que apanhava e os colocava dentro de um pequeno recipiente plástico. A pequena vasilha estava abarrotada destes pequenos seres marinhos e de tempos e tempos o senhor andava até o mar com uma dificuldade evidente em sua caminhada e despejava todo o conteúdo dentro da água salgada e salvadora.

Todos aqueles animais que estavam dentro do recipiente eram devolvidos ao mar e encontravam a salvação de que necessitavam antes que o sol os matasse desidratados.

Com muita dificuldade o senhor de costas arqueadas e braços trêmulos retornava à praia para recolher mais uns dez ou doze destes pequenos seres com seu andar lento e medido.

O rapaz viu o esforço do velho senhor e seu empenho em recolher pequenas quantidades daqueles pequenos animais que não poderiam retornar ao mar sozinhos. O rapaz ficou ali a observar o trabalho daquele senhor por alguns minutos e ficou pensativo ao verificar a quantidade daqueles animais espalhados por toda praia.

A praia estava abarrotada o que o senhor recolhia era insignificante se comparado ao total de animais espalhados pela areia. O rapaz ficou tocado pelo esforço que o senhor empenhava naquela coleta que pouco ajudaria a resolver o problema daqueles milhões de animais.

Não se contendo, o rapaz se aproximou daquele senhor e perguntou a ele: "Por que tanto esforço para recolher apenas alguns destes animais? Não percebe que são milhões deles?

Não é possível salvar todos. Vale a pena tanto o esforço para salvar apenas alguns? Creio que não faria diferença devolver apenas alguns deles à água, pois são milhões deles espalhados por toda a extensão da praia".

O velho Senhor; que até então estava com seus pensamentos voltados para a sua atividade solitária, olhou para o jovem e em seguida olhou para o chão onde estavam os pequenos seres que precisavam de sua ajuda e continuou com seu trabalho de recolher um a um os animais e em seguida disse, sem parar de fazer o que fazia: "Para este - falou ele, mostrando um dos animais ao jovem - fará diferença".

Depositando o espécime no balde, apanhou outra bolacha do mar e mostrou ao rapaz, dizendo novamente:

"Para este também fará diferença". Em seguida pegou mais uma e disse novamente: "E para este também e este e este e este ... " –

Repetiu ele, várias vezes a mesma frase, a cada vez que pegava mais um daqueles animálculos, antes de depositá-los no recipiente que carregava com zelo.

O rapaz ficou pensativo e ao mesmo tempo admirado com o argumento simples daquele senhor, que parecia mais preocupado em prosseguir com seu trabalho do que conversar. Por alguns minutos o rapaz ficou pensativo.

Então o rapaz de cabelos descoloridos por alguma substância química que os tornava amarelados olhou para trás e mediu com os olhos a extensão da praia coberta por bolachas do mar e depois para frente.

Pensativo ele coçava a cabeça como tentando entender o ponto de vista do homem zeloso com os animais. Alguns minutos depois era possível ver os dois, o velho e o novo, recolhendo os animais e devolvendo para o mar.


O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos DO SITE COMUNIDADE ESPÍRITA por compatilhar este Artigo que engrandeceu este espaço de Aprendizagem e encontros Sagrados.
Se deseja compartilhar e divulgar estas informações, reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada. Hospital Espiritual do Mundo.

NOTA.: As imagens usadas neste site foram tiradas da net sem autoria das mesmas. Caso alguém conheça o autor das imagens, agradeceremos se nos for comunicado, para que possamos conferir os devidos créditos. Grata, Esperança.

6 comentários:

  1. Aplaudo a voce minha irma por esta mensagem,por compartilhas-la e permitir que nos lembremos que sempre fara diferença sempre, se um a um nos unirmos formando uma poderosa corrente o amor universal acabara envolvendo a todos, obrigada querida pelo seu carinho em nosso blog, beijos Luconi

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  2. Amada irmã Luconi,

    O aplauso e todo seu que leu a mensagem com a doçura de sua alma!!! Se percebeu a docilidade e porque não perdeu a oportunidade de despertar dentro do seu ser os ensinamentos do Grande Arquiteto do Universo. Essa é a bênção da vida!!! Quando nossas almas alcançam e tocam sentimentos nobres através de uma simples palavra dentro do nosso pequeno coração.

    Abraços de luz

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  3. Pode pegar as fotos. Eu não as tinha mandado porque não tenho seu e-mail. Tudo de bom para você. Muita paz. Mil lambeijokas! :) Miaaauuu...

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  4. Amada irmã Gata Lili,

    Você já esta fazendo o maior sucesso no Hospital Espiritual com sua beleza. (risos).

    Abraços de luz

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  5. Querida Esperança, que maravilhoso receber seu carinho... seu abraço de luz, de fato, nos revigorou o Espírito para continuar nossa caminhada... Pequenos gestos que têm um significado enorme para quem recebe, transmitindo fluídos positivos e potencializando vibrações de amor, que, afinal, contribuem para elevar o padrão vibratório de nosso plano...

    Quanto ao texto, ele é realmente lindo e resume tudo aquilo que devemos fazer, ou seja, a nossa pequena parte. As pessoas têm desvalorizado as pequenas atitudes, mas não se dão conta de que a grande mudança necessita de cada pequenina mudança pra acontecer... Ora, se cada um está convicto de que ninguém sozinho consegue mudar tudo, então é lógico que não podemos esperar que alguém mude o mundo para nós! Temos, pois, que iniciar a mudança, fazendo nossa pequena parte!

    Por sinal, sua visitinha de ontem está totalmente relacionada a este texto, já que, embora não tenha mudado o mundo (risos), fez uma enorme diferença para nós, por isso esperamos que você possa também se sentir tão bem como nós, ao receber nossos abraços de luz em retribuição :)

    Muita paz!

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  6. Amados irmãozinhos do Pensamento de Amor e Caridade,

    Quanto amor que senti com essa visita!!! Meu coração se encheu de luz. Quero agradecer com as portas do coração aberto as palavras aqui escritas com tanto carinho e afeto. Como retribuir um gesto tão singelo e nobre? Bem sabemos amados, que para realmente vivermos não se faz necessário realizar grandes feitos. A vida na sua total plenitude é feita de pequenos gestos, como os minúsculos grãos de areia, que em sua totalidade formam as imensas dunas no deserto. A vida é realizada nas pequenas atitudes. Um abraço, uma flor, um sorriso, uma lágrima, uma mensagem transmitida de Pensamentos de Amor e Caridade que remete-nos a Deus. Todo esse caminho constitui a experiência concreta e gratificante de estarmos vivos, de fazer a diferença mesmo que pequena. Como os pássaros que ao pousarem um instante sobre os ramos muito leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Somos anjos de uma asa só e só podemos voar quando "abraçados uns aos outros". ... Os pássaros sabem que possuem asas!!! Nós ainda não!!!!

    Abraço fraterno de muita luz

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