Nos dias mais difíceis do tratamento, Nick, da raça pug,
era a ligação da estudante com o mundo sem sofrimento.
A estudante Caroline Rachel de Oliveira faz o convite que todo cachorro adora: “Vamos passear?”. E lá vai Nick, um cãozinho da raça pug com cara de bravo. Só cara. O bicho é curioso e muito engraçado. Ele senta, deita, faz cara de triste, rola, se finge de morto, demonstra estar com fome. Tudo isso por um petisco. E tem mais: Nick ainda dá tchauzinho. Carol ensinou tudo sozinha para ele.
A história de Carol e Nick é muito bonita, mas começa de um jeito triste. Ela é filha única de um casal de médicos. A doutora Mery Gonzaga De Oliveira se lembra bem daquele Dia das Mães do ano de 2005. Foi quando chegou a notícia de que a filha estava com uma doença grave.
“Ela perguntava se eu tinha algum diagnóstico e não queria falar. Eu dizia que havia algumas suspeitas, mas que íamos esperar os resultados para ter uma certeza. Não era a minha área, estávamos dependendo de outros médicos para chegar a uma conclusão. Então, ela pediu para eu responder apenas uma coisa: 'O tratamento para o que você imagina que eu tenha vai me fazer perder cabelo?'. Eu disse que ia. Ela assumiu bem isso. Foi muito valente”, lembra a mãe de Carol.
A família feliz, com uma vida tranquila, viu o mundo desabar do dia para a noite. Logo começaram as sessões de quimioterapia e radioterapia, que levaram um ano e meio. Mas um remédio fez toda a diferença durante o tratamento: o amor dos pais e de um amigo especial, cheio de energia e de carinho para dar. Esse amigão é Nick, que ajudou Carol a enfrentar um câncer linfático.
Naqueles dias difíceis, dolorosos, o pug era a ligação da menina com o mundo sem sofrimento.
“Isso me ajudou a superar a fase difícil da doença porque eu me entretinha, não ficava pensando em coisas ruins, como o tratamento em si. Eu pensava em como adestrar o Nick. Fiquei meio obsessiva. Pode não ser muito saudável, mas na época me ajudou muito. Na época, foi saudável porque eu estava precisando”, conta Carol.
Então, foi uma troca: nesse um ano e meio, Carol ganhou atenção exclusiva do amigo que chegou filhotinho; e ele aprendeu um montão de truques com ela.
“Foi um amigo que me ajudou muito na época. Eu não podia ir para a escola porque estava com a imunidade muito baixa em virtude da quimioterapia. Então, ele me fez muita companhia. Companhia que os amigos acabaram não fazendo porque eu não podia ir para a escola, não podia ter muito contato com as pessoas, sob o risco de pegar alguma doença que atrapalharia o tratamento. Ele me fez muita companhia. Ficava comigo o tempo todo. Foi um amigo fiel, sempre abanando o rabo, disposto a aprender uma coisa que eu inventava”, diz Carol.
Nick foi mesmo um santo remédio. Quem receitou foi o doutor Vicente Odone Filho, oncologista respeitado internacionalmente e médico da menina.
“No caso específico da Carol, sentimos que ela esperava receber um cachorrinho e o surgimento da doença pôs em cheque aquela expectativa. Ela ficou doente e talvez não pudesse ter o animal. Saber que ela podia tê-lo foi uma grande alegria para ela e representou um sentido de participação, de normalidade, de atividade, da vida que ela gosta de ter. Foi absolutamente fantástico. Eu acho que isso é reproduzido em todas as crianças que vivenciam esse tipo de experiência. É algo que eu estou plenamente convencido de que só faz bem no tratamento dessas doenças tão graves”, afirma o médico.
O que o doutor não imaginava é que esses dois iam se dar tão bem! Nos momentos mais complicados do tratamento parecia até que Nick entendia o que estava acontecendo.
“Se ele a visse chorar, ficava meio apavorado. Ele é tranquilão, está sempre deitadinho. Mas quando ela chorava, ele ficava agitado e andava de um lado para o outro, preocupado, querendo fazer alguma coisa. Ele dava essa sensação. Ele olhava muito para mim e, em seguida, para ela. Dava a impressão de que ele queria que fizéssemos alguma coisa porque ela estava chorando. Ele percebia que ela não estava se sentindo bem. Era incrível como ele demonstrava isso”, conta a mãe de Carol.
“De alguma forma, eu acho que ele entendia que eu precisava dele ao meu lado, me fazendo companhia. Então, ele estava lá. Não significa que ele entendesse assim”, diz Carol.
Doutora Mary é ginecologista e admite que Nick é responsável – em grande parte – pelo bem-estar e pela cura da filha. “Ela ficava feliz, estava sempre brincando, sorrindo, criando coisas com ele. O tempo passava, e conseguíamos adiantar o tratamento, porque ela estava com uma cabecinha boa, feliz, sem depressão, sem chorar. Lógico que ela tinha que estar mal em alguns períodos quando sentia dor. Ela decaía um pouquinho, mas ele estava sempre ali”, lembra.
E assim essa história teve um final feliz. Carol, que ficou doente aos 14 anos, venceu o câncer. E Nick, com jeito "simpaticão" e fiel, conquistou para sempre um lugar na vida da família.
“Nem sei como encontrar uma palavra para descrever o Nick. Ele é perfeito para mim, sempre foi”, define Carol.
“Tenho uma dívida de gratidão imensa com ele, porque eu via que ele conseguia alegrar a minha filha. Nas piores horas, ele estava ali. É engraçado como a família toda participou disso: minha mãe, minha irmã, minhas sobrinhas. Todo mundo tem um carinho muito especial por ele. Todo mundo tem esse sentimento de gratidão por ele”, conta a mãe de Carol.
Imagem do próprio Artigo (GLOBO REPÓRTER)
O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos do GLOBO REPÓRTER pelos Artigos que engrandecem este espaço de Aprendizagem e encontros Sagrados.
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Acho lindo a "cãoterapia"... Mas a Brenda não serviria para isso, não!
ResponderExcluirEla volta e meia mostra seus "dentinhos" e rosna para quem se aproxima de mim, heheheh...
Beijos grandes da Sandra e lambeijocas da Brenda!
Amada irmã Sandra,
ResponderExcluirDizem alguns especialistas e creio nisso também que os animais de estimação também sentem ciúmes como todos nós. Dizem ainda, que esse comportamento não tem relação com raça, nem seu temperamento e que em geral, assemelha-se à inquietação dos humanos em suas relações, e que a culpa pelos ciúmes é dos próprios donos que os mimam sem limites quando eles chegam aos lares. Também quem resiste a esses olhinhos fofos? Quem resiste a essa ternura no olhar e principalmente a esse amor incondicional que eles tem por nós? Olha só a carinha da minha sobrinha Brenda!!! Eu não resisto! ela é linda demais. Meu fofucho tambem rosna para todos que chegam perto de mim. (risos)
Abraços de luz e lambeijocas do Dingos (para a Brenda)
Minha querida amiga tem de ter uma ligação neste blogue para podermos entrar no outro assim e me impossível lá ir, quanto há vista deste está lindo.
ResponderExcluirAcredite que também gosto muito de ser sua amiga amiga para mim é mais do que irmão porque amigo a gente escolhe e irmã é nos imposta. beijinhos de luz e paz na sua vida...
Amada Franciete,
ResponderExcluirVocê bem sabe que conquistou minha amizade!!!
Meu coração....
Abraços de luz
ADOREI A MENSAGEM,OBRIGADA
ResponderExcluirAmada Irmã Rita de Cássia de Oliveira,
ResponderExcluirSua presença iluminou ainda mais este Hospital Espiritual. Nós é que agradecemos sua visita.
Abraços de luz
OLA QUERIA AMIGA QUE LINDA HISTORIA SEMPRE DOU UMA PASSADINHA AQUI PRA VER O QUE MINHA IRMAZINHA ESTA POSTANDO FICO FELIZ EM VER TANTOS BELOS TEXTOS OBRIGADA PRA MIM QUE ESTOU LONGE TRABALHANDO COM TANTAS RAÇAS DE PAISES DIFERENTES E APRENDENDO QUE CADA PAIS TEM CULTURAS DIFERENTES, O QUE DA PENA QUE TEM AMIGOS DE OUTROS PAISES QUE NAO SABEM MESMO NEM QUE DEUS EXISTE E AGEM AS VEZES QUE NAO ACREDITAM EM NADA, TENTO AJUDAR ENSINANDO ALGO MAS NEM TODOS TEM OS MESMOS SENTIMENTOS NE..BEIJOSSSS AMIGA IRMA BOM FINAL DE SEMANA COM CARINHO NEUSA
ResponderExcluirAmada irmã Neusa,
ResponderExcluirSaudades,
Creio que a experiência que esta ganhando em lidar com culturas diferentes não tem preço. É muito bom aprendermos coisas novas em diferentes lugares. Com isso aprendemos a lidar com as adversidades que aparecem, a controlar nossas emoções e principalmente lidar com a saudade de tudo aquilo que tivemos que deixarmos para trás, mesmo que seja por um determinado período. Tudo faz parte de um ciclo maior da vida, são as sementes que vamos plantando ali e aqui que germinarão mais tarde em forma da história das nossas vidas que chamamos de destino.
Minha doce irmã, sei que é doloroso lidarmos com pessoa que ainda não aprenderam o valor da fé. Mas como explicar para nossos irmãos o que é fé? Como tentar mostrar essa energia que se torna visível e invisível aos nossos olhos terrenos e de humanos falhos? Como tentar mostrar o valor do Sol que brilha, nas plantas que nascem, da semente de arroz, das frutas nas árvores e seus sabores diversos? Como tentar mostrar em palavras ou em gestos o valor de uma vida no útero de uma mãe, dos planetas que se movem em orbita exatas de horas e minutos sem se chocarem? Como explicar a imensidão dos mares, o poema das estrelas e o encanto da lua? Como explicar a força mágica do sentimento de amor e saudade, de uma despedida ou de uma lágrima que cai? Como explicar para nossos irmãos que a terra é um educandário, que estamos de passagem e que devemos olhar para o hoje como se não houvesse amanhã? Como explicar o valor da natureza, dos animais, de um pai e de uma mãe que choram a ausência de um filho? Como explicar na nossa singela figura humana que a energia que respiramos se chama VIDA? Que essa vida existe através de um ser maior que nos rege. É difícil tentar mostrar isso para alguém a não ser para nós mesmos todos os dias. Cada um tem seu tempo de aprendizagem nessa vida, uns aprenderão pela força do amor, outros pela dor, uns irão passar de ano, outros terão que retornar muitas vezes na mesma série, é assim a força da vida que chamamos de eternidade. Para terminar deixo para ti as palavras de Alberto Einstein de que gosto muito: “Há duas formas para viver sua vida: uma é acreditar que não existe milagres. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre." Um milagre de Deus como a nossa amizade....
Abraços de luz hoje e sempre