Sabendo
como ele se sentia, um certo ano a esposa decidiu deixar de lado as
tradicionais camisetas, casacos, gravatas e coisas do gênero. Procurou algo
especial só para Mike.
A
inspiração veio de uma forma um tanto incomum. O filho Kevin, que tinha 12 anos
na época, fazia parte da equipe de luta livre da sua escola.
Pouco
antes do Natal, houve um campeonato especial contra uma equipe patrocinada por
uma associação da parte mais pobre da cidade.
Esses
jovens usavam tênis tão velhos que a impressão que passavam é de que a única
coisa que os segurava eram os cadarços.
Contrastavam
de forma gritante com os outros jovens, vestidos com impecáveis uniformes azuis
e dourados e tênis especiais novinhos em folha.
Quando
o jogo acabou, a equipe da escola de Kevin tinha arrasado com eles.
Foi
então que Mike balançou a cabeça triste e falou: Queria que pelo menos um deles
tivesse ganho. Eles têm muito potencial, mas uma derrota dessas pode acabar com
o ânimo deles.
Mike
adorava crianças. Todas as crianças. E as conhecia bem, pois tinha sido técnico
de times mirins de futebol, basquete e vôlei.
Foi
aí que a esposa teve a ideia. Naquela tarde, foi a uma loja de artigos
esportivos e comprou capacetes de proteção e tênis especiais que enviou, sem se
identificar, para a associação que patrocinava aquela equipe.
Na
véspera de Natal, deu ao marido um envelope com um bilhete dentro, contando o
que tinha feito e que esse era o seu presente para ele.
O
mais belo sorriso iluminou o seu rosto naquele Natal. No ano seguinte, ela
comprou ingressos para um jogo de futebol para um grupo de jovens com problemas
mentais.
No
outro, enviou um cheque para dois irmãos que tinham perdido a casa em um
incêndio, na semana anterior ao Natal.
O
envelope passou a ser o ponto alto do Natal daquela família.
Os
filhos deixavam de lado seus brinquedos e ficavam esperando o pai pegar o
envelope e revelar o que tinha dentro.
As
crianças foram crescendo. Os brinquedos foram sendo substituídos por presentes
mais práticos, mas o envelope nunca perdeu o seu encanto.
Até
que no ano passado, Mike morreu. Chegou a época do Natal e a esposa estava se
sentindo muito só. Triste. Quase sem esperanças.
Mas,
na véspera do Natal, ela preparou o envelope como sempre.
Para
sua surpresa, na manhã seguinte, havia mais três envelopes junto dele. Cada um
dos filhos, sem um saber do outro, havia colocado um envelope para o pai.
*
* *
O
verdadeiro espírito do Natal se chama amor e no momento especial em que se
reprisa, nos quadros da Terra, nos possibilita o exercício da nossa capacidade
maior de doação.
Muito
além dos presentes, da ceia, do encontro familiar, comemorar o Natal significa
viver a mensagem do Divino Aniversariante, lançada há mais de 2000 anos e que
até hoje prossegue ecoando nos corações...
Redação
do Momento Espírita, a partir de história de autor desconhecido.
Em
12.12.2008.
O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos do SITE DO MOMENTO
ESPÍRITA, pelo artigo que iluminou
este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
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