O menino do Natal, contudo, era muito especial. Natal era mesmo com
ele.
Era
ele que se esmerava na decoração da árvore de Natal, que elaborava a lista de
presentes, não esquecendo ninguém.
Era
pura felicidade. Natal era família, era orar e entoar cânticos.
No
seu 26º Natal, ele se foi, tão inesperadamente quanto chegou. Morreu num
acidente de carro, logo depois de estar na casa dos pais e decorar a árvore de
Natal.
A
esposa e a filhinha o aguardavam em casa. Ele nunca voltou.
Abalados
pelo luto, os pais venderam a casa e se mudaram para outro Estado.
Dezessete
anos depois, envelhecidos e aposentados, resolveram retornar à sua cidade de
origem.
Chegaram
à cidade e olharam a montanha. Lá estava enterrado seu filho. Lugar que jamais
conseguiram visitar.
O
filho do casal morava em outro Estado. A filha viajava, em função de sua carreira.
Então,
próximo do Natal, a campainha da porta soou. Era a neta. Nos olhos verdes e no
sorriso, via-se o reflexo do menino do Natal, seu pai.
Atrás
dela vinham a mãe, o padrasto, o meio-irmão de dez anos.
Vieram
decorar a árvore de Natal e empilhar lindos embrulhos de presentes sob os
galhos.
Os
enfeites eram os mesmos que ele usava. A esposa os havia guardado, com carinho,
para a sogra.
Depois
foi convite para ceia e para comparecerem à igreja. A neta iria cantar um solo.
A
linda voz de soprano da neta elevou-se, fervorosa e verdadeira, cantando Noite
Feliz. E o casal pensou como o pai dela gostaria de viver aquele momento.
A
ceia, em seguida, foi cheia de alegria. Trinta e cinco pessoas. Muitas crianças
pequenas, barulhentas.
O
casal nem sabia quem era filho de quem. Mas se deu conta de que uma família de
verdade nem sempre é formada apelas pelo mesmo sangue e carne.
O
que importa é o que vem do coração. Se não fosse pelo filho adotado, eles não
estariam rodeados por tantos estranhos, que se importavam com eles.
Mais
tarde, a neta os convidou para irem com ela a um lugar onde costumava ir.
Foi
em direção às montanhas, ao túmulo do seu pai. Ao lado da lápide, havia uma
pedra em formato de coração, meio quebrada, pintada pela filha do casal.
Ela
escrevera: Ao meu irmão, com amor.
Em
cima do túmulo, uma guirlanda de Natal, enviada, como todos os anos, pelo outro
filho.
Então,
em meio a um silêncio reconfortante, a jovem soltou a voz, bela como a de seu
pai.
Ali,
nas montanhas, ela cantou Joy to the world. E o eco repetiu diversas vezes.
Quando
a última nota se ouviu, o casal sentiu, pela primeira vez desde a morte do
filho adotado, um sentimento de paz, de continuidade da vida.
Era
a renovação da fé e da esperança. O real significado do Natal lhes havia sido
devolvido.
Graças
ao menino do Natal...
*
* *
A
verdadeira família é a que se alicerça em laços de afeto.
Não
importa se os filhos são gerados pelos pais ou se chegam por vias indiretas.
O
que verdadeiramente importa é o amor. Esse suplanta o tempo, a morte. Existe
sempre.
Redação
do Momento Espírita com base no cap. Nosso menino do natal,
de Shirley Barksdale, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres,
de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne
e Marci Shimoff, ed. Sextante. (Em 19.12.2008)
de Shirley Barksdale, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres,
de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne
e Marci Shimoff, ed. Sextante. (Em 19.12.2008)
O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos do SITE DO MOMENTO
ESPÍRITA, pelo artigo que iluminou
este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
Se
desejar compartilhar e divulgar estas informações,
reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada.
NOTA.: As imagens usadas neste site foram tiradas da net sem autoria das mesmas. Caso alguém conheça o autor das imagens, agradeceremos se nos for comunicado, para que possamos conferir os devidos créditos. Grata, Esperança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não se Preocupe! Os comentários aparecerão em breve.