VIDA APÓS A MORTE: O PARAÍSO ESPÍRITA
VÂNISA SILVA
Há quem diga que a morte é a única certeza que temos
na vida. Para os adeptos do espiritismo, no entanto, há uma certeza ainda mais
significativa: o fato de que, depois da morte do corpo físico, o espírito se
liberta, tornando-se consciente e verdadeiramente vivo.
Mas, afinal, como é essa tal de vida espiritual? Para
onde vamos, o que fazemos, com o que nos preocupamos quando chegamos ao lado de
lá? Segundo os kardecistas, há várias respostas possíveis. Após a morte, os
caminhos de cada um se abrem conforme diferentes circunstâncias, desde a forma
como morremos até a maneira como agimos na Terra. Uma coisa é certa: cada ser une-se a outros que
possuem o mesmo padrão vibratório de pensamento. Assim, todos têm possibilidade
de desenvolver-se ao lado de seus semelhantes, como em uma escola, até que
estejam aptos a alcançar níveis superiores da espiritualidade.
Como o espírito é totalmente ligado ao pensamento, a
consciência da vida após a morte não é a mesma para todos. Seja por
desconhecimento do mundo espiritual ou, simplesmente, porque sofreram morte
repentina, muitos recém-chegados nem sequer têm noção de que desencarnaram. Em
casos assim, é muito comum manter o indivíduo dormindo enquanto ele é
preparado, por espíritos socorristas, para receber e entender a notícia da
morte sem grandes choques. Segundo os ensinamentos de Allan Kardec, há também os
casos de pessoas que morrem por problemas de saúde ou acidentes violentos e, ao
chegar do outro lado, acabam indo para verdadeiros hospitais, a fim de que se
recuperem completamente da doença. “Quem desencarna doente continua o
tratamento no mundo espiritual até estar curado”, explica Regina Helena Tuma
Carlini, uma das diretoras da Federação Espírita do Estado de São Paulo.
Os socorristas, segundo Regina, podem ser espíritos
próximos, como parentes desencarnados há mais tempo, grandes amigos e, também,
aqueles que já trabalhavam no auxílio ao próximo na vida terrena, como médicos
e enfermeiros que já passaram pela aprendizagem do outro lado da vida,
evoluiram e, agora, podem auxiliar os que chegam.
Quando são bem orientados, aos poucos os espíritos vão
se conscientizando de que não precisam mais de alimentos e bebidas para
conseguir energia, por exemplo. “Quando finalmente conseguem libertar-se das
necessidades terrenas, os espíritos passam a se satisfazer com alimento
fluídico, que é bem mais sutil e o sustenta plenamente”, esclarece Regina,
lembrando que Gandhi, detentor de um grau superior de evolução espiritual,
conseguia fazer greve de fome, tirando energia da própria respiração, pois sua
mente já estava preparada para sustentá-lo.
Depois de algum tempo, o próprio espírito deve se
dedicar ao estudo de suas próprias ações, para descobrir e determinar como deve
voltar à Terra, ou seja, que provas terá de enfrentar para reparar seus erros.
Ana Gaspar, fundadora do centro espírita Nosso Lar, em São Paulo, esclarece
que, antes da reencarnação, somos nós próprios quem escolhemos as provas pelas
quais iremos passar, seja cuidar de um filho doente, passar por um casamento
difícil ou, até mesmo nascer em uma família rica e ter de lidar com os perigos
e conseqüências de nosso livre arbítrio.
UM LAR PARA TODOS NÓS
Muitas vezes, essas colônias estão ligadas a cidades
específicas da Terra – por exemplo, existe uma colônia conectada à cidade de
São Paulo, uma relacionada a Recife, outra ligada a Nova York etc. O mais
importante sobre as colônias espirituais, no entanto, é que elas geralmente
reúnem moradores com semelhança de pensamento. Assim, existem colônias para
amantes da poesia, defensores da ecologia, profissionais da música,
pesquisadores de novas tecnologias, estudiosos do kardecistmo etc. Isso para
citar só alguns exemplos.
As colônias também são uma forma de evitar um choque
ainda maior com mudanças, pois, se alguém só fala em português, não pode cair
em uma colônia de americanos ou chineses, por exemplo, pois, por um bom tempo,
ainda precisará se comunicar da forma com a qual estava acostumado.
Ana Gaspar afirma que, em certa altura do livro Nosso
Lar, André Luis ouve vozes que o chamam de suicida. Ele fica indignado, pois,
como pode ser um suicida se ele ficou hospitalizado até morrer? Então, os
mentores explicam que ele foi um suicida “indiretamente”, porque sua morte foi
acelerada pelo estilo de vida abusivo que teve, com excessos de álcool e sexo,
levando-o a ter um câncer que abreviou sua vida. Se cuidasse melhor de si, não
morreria tão cedo. “São muitos os chamados de suicidas indiretos. É preciso
cuidar bem de sua morada na Terra, para que não desencarne antes da hora”,
avisa Ana Gaspar.
Já aquele que conscientemente decide acabar com a própria vida, geralmente está
tão atormentado que chega ao plano espiritual e se une a outros seres com o
mesmo padrão vibracional, sofrendo muito ao relembrar o momento da própria
morte. Até que conseguem ser ajudados por espíritos socorristas. Uma dessas
colônias de vibração muito pesada, o vale dos suicidas, é mostrado no livro
Memórias de um suicida, de Ivone Pereira. Mas, avisamos, é uma obra muito densa
e não é uma leitura recomendável para quem está começando a receber informações
sobre espiritismo. O ideal é começar com Nosso Lar ou o O livro dos espíritos,
para que os bons pensamentos o acompanhem.
TEXTO: VÂNIA SILVA
PUBLICADO POR REDAÇÃO EM 31/01/2011 às 15h35
FONTE.: SITE TRIADA – EVOLUA EM TODOS OS SENTIDOS
IMAGEM.: DO
PRÓPRIO ARTIGO
O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO, agradece os irmãos do
SITE TRIADA – EVOLUA EM TODOS OS SENTIDOS pelo artigo que iluminou este espaço de aprendizagem e
encontros sagrados.
Foi bom reler esse texto!
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