Seu trabalho estabelece pontes entre diferentes campos
de atividade, como epidemiologia, gerontologia, sociologia, psicologia e
medicina alternativa e complementar.
As perguntas básicas que seus estudos apresentam são: Como a fé religiosa atua como um recurso na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar?; Um relacionamento de amor com Deus é uma característica das pessoas saudáveis?; A religiosidade é um fator de proteção contra doenças ao longo do processo de envelhecimento?; Existem efeitos terapêuticos ou preventivos de energias sutis ou estados alterados de consciência?
As perguntas básicas que seus estudos apresentam são: Como a fé religiosa atua como um recurso na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar?; Um relacionamento de amor com Deus é uma característica das pessoas saudáveis?; A religiosidade é um fator de proteção contra doenças ao longo do processo de envelhecimento?; Existem efeitos terapêuticos ou preventivos de energias sutis ou estados alterados de consciência?
O campo da pesquisa em espiritualidade e saúde
compreende, na verdade, três áreas de estudo diferentes. Uma delas, aquela em
que minha pesquisa se focou nos últimos vinte anos, envolve investigações
epidemiológicas de como a fé ou o envolvimento religioso influencia a saúde
física e mental. Já foram feitos mais de mil estudos com esse enfoque e, hoje,
a ideia de que aspectos da vida religiosa podem ser benéficos para a saúde ou o
bem-estar de algumas pessoas é aceita de forma geral e não controversa.
As duas outras áreas de pesquisa em espiritualidade e saúde envolvem: 1) estudos experimentais de laboratório, como em psicofisiologia, explorando os correspondentes espirituais de estados alterados de consciência; 2) testes clínicos investigando os efeitos da oração à distância. Em contraste com a pesquisa epidemiológica, esses estudos encontram muito mais resistência. Pessoalmente, acredito que existem boas evidências para ambas, mas os temas e conceitos levantados por esses estudos desafiam a estreiteza da visão de mundo de muitos cientistas das correntes estabelecidas.
As duas outras áreas de pesquisa em espiritualidade e saúde envolvem: 1) estudos experimentais de laboratório, como em psicofisiologia, explorando os correspondentes espirituais de estados alterados de consciência; 2) testes clínicos investigando os efeitos da oração à distância. Em contraste com a pesquisa epidemiológica, esses estudos encontram muito mais resistência. Pessoalmente, acredito que existem boas evidências para ambas, mas os temas e conceitos levantados por esses estudos desafiam a estreiteza da visão de mundo de muitos cientistas das correntes estabelecidas.
Em segundo lugar, se os resultados forem devidos “apenas” à parapsicologia – em vez de a Deus, por assim dizer -, por que isso seria um problema? Em última instância, todos esses efeitos vêm de Deus. Eu acredito que o Criador dotou os seres humanos com todo tipo de aptidão, algo que os grandes místicos conhecem há milhares de anos e que cientistas ocidentais só agora procuram entender. Mais de cem anos de pesquisa parapsicológica confirmaram isso, para satisfação minha e de muitos outros.
Durante suas pesquisas, o senhor teve conhecimento da ação dos chamados “médiuns de cura”? De alguma forma, esses casos podem estar relacionados? Já ouvimos falar que a cura não provém exatamente dos médiuns, mas da crença das pessoas que os consultam.
Pessoalmente, nunca pesquisei sobre médiuns, mas tenho uma posição a respeito. Acredito que, quando se trata de orações, cura pelas mãos ou por energia, ou qualquer outra forma sutil de terapia bioenergética ou relativa à consciência, todos os elementos da interação curativa podem ser importantes; em outras palavras, as habilidades, características e intenções de quem cura, o método da cura e as crenças do paciente. Tudo isso pode entrar em jogo até certo ponto, mas pode variar de acordo com a situação.
Quanto a uma condição sine qua non para o sucesso da
cura, já ouvi muitos curandeiros dizendo que descobriram, por experiência
própria, que é indispensável haver uma intenção amorosa por parte do curandeiro
ou rezador; independentemente de outros elementos (método, técnica,
expectativas de paciente, etc.). É fundamental haver uma intenção sincera e
abnegada de amor fraterno, que deseje o melhor benefício para a pessoa, de
acordo com a vontade de Deus.
Já ouvimos falar de experiências de “prece a distância”, com resultados positivos. Inclusive, as pessoas que realizavam as preces não sabiam a quem elas se dirigiam. O que o senhor pode nos dizer sobre esse assunto?
Já ouvimos falar de experiências de “prece a distância”, com resultados positivos. Inclusive, as pessoas que realizavam as preces não sabiam a quem elas se dirigiam. O que o senhor pode nos dizer sobre esse assunto?
Como muitos leitores já devem saber, houve vários estudos recentes que
investigaram os efeitos da oração a distância. Alguns desses estudos foram, de
fato, bem controlados, com método duplo-cego e amostragem criteriosa; foram
testes clínicos de certa forma similares aos testes farmacológicos
que avaliam os efeitos de novas drogas. Para horror de muitos médicos
acadêmicos convencionais, alguns desses estudos mostraram resultados, com
índices de recuperação que foram melhores entre os pacientes que foram alvo de
orações sem o saberem do que entre os pacientes dos grupos de controle.
Em seu livro Deus, Fé e Saúde, o senhor estabelece uma relação entre o modo
como o compromisso religioso influencia o comportamento, e o modo como o
comportamento influencia a saúde. No entanto, o comportamento de uma pessoa não
está necessariamente ligado ou necessariamente dependente de um compromisso
religioso. Foi feita alguma pesquisa no sentido de determinar o comportamento
de pessoas não-religiosas, para ver se aquelas que têm comportamento saudável
têm uma saúde melhor, como as religiosas ou espiritualizadas? O senhor diz em
seu livro que as pesquisas mostram que o comportamento não-saudável não
relacionado à postura religiosa ou espiritual?
É claro que as pessoas podem ser perfeitamente saudáveis sendo ou não sendo
religiosas ou espiritualizadas. O que tentei fazer no meu livro foi examinar os
“mecanismos” subjacentes às relações entre espiritualidade e saúde observadas
em pesquisas. Essas associações existem, eu concluí, exatamente porque a
religiosidade pode motivar comportamentos saudáveis, pode gerar relações
sociais de apoio e solidariedade, pode produzir sentimentos ou emoções
poderosos, etc. E já se sabe que cada um desses fatores – hábitos saudáveis,
relacionamentos, sentimentos – é importante para a saúde.
Existem
diferenças visíveis entre “estar associado a uma religião” e ter o que se
poderia chamar de uma “atitude espiritual independente”? Faz diferença se a
pessoa reza numa igreja ou em qualquer outro tipo de templo, ou se ela reza em
casa, e segundo suas próprias regras? O que conta, afinal, é o comportamento, é
o modo de pensar, é uma sintonia especial, ou outro fator?
Eu
não acredito que faça qualquer diferença. Um dos primeiros fatos básicos que
descobri quando comecei minha pesquisa, vinte anos atrás, é que um efeito
saudável da religiosidade ou da espiritualidade parecia ser uma constante
universal na natureza. Isto é, quando se toma como referência ou pessoas sem um
caminho espiritual ou a população como um todo, efeitos epidemiologicamente
protetores ou preventivos foram observados em católicos, protestantes, judeus,
budistas, hindus, muçulmanos, zoroastristas, etc. Além disso, uma quantidade
considerável de estudos mostrou um benefício às pessoas que, mesmo não sendo
formalmente religiosas, estão envolvidas com meditação ou outras buscas
espirituais.
O Institute of Noetic Sciences, uma esplêndida organização na Califórnia,
publicou um relatório excelente chamado The Physcal and Psychological Effects
of Meditation (Os Efeitos Físicos e Psicológicos da Meditação) documentando
esses estudos.
O senhor entende que essa aproximação da ciência com a religião é uma tendência
para o futuro? O filósofo Ken Wilber já vem se manifestando há anos a respeito
da necessidade de se desenvolver aproximando as visões científica e espiritual.
O que o senhor pensa a esse respeito?
Nos
últimos trinta anos, os acadêmicos dos Estados Unidos têm demonstrado um
considerável interesse em explorar a interface entre religião e ciência. Porém,
muito desse discurso aconteceu dentro do contexto rígido das filosofias e
visões de mundo adotadas pelos acadêmicos e pelas religiões predominantes. Um
“novo paradigma” que unifique as abordagens científica e espiritual seria
certamente um desdobramento bem-vindo. Mas precisamos nos perguntar: Qual
paradigma? Qual abordagem científica? Perspectiva espiritual de quem?
Ken
Wilber fala para muitas pessoas que têm interesse intelectual na consciência e
em caminhos espirituais alternativos, mas eu não diria que o mundo acadêmico
ortodoxo esteja pronto para isso. Para boa parte da comunidade acadêmica, o
diálogo entre ciência e religião é um diálogo entre uma visão muito
materialista e mecanicista de ciência e uma versão cartesiana de
espiritualidade, baseada num paradigma muito antigo.
Já existe alguma tentativa de se desenvolver uma teoria a respeito dessa ação
da prece na melhora da saúde das pessoas, ou ainda é muito cedo para isso? O
senhor entende que uma tória desse gênero deverá estar ligada a teorias
desenvolvidas pela parapsicologia, envolvendo a atuação da mente sobre a
matéria?
Uma das críticas que os céticos organizados fazem incessantemente à literatura científica sobre oração e cura é que esses estudos não podem ser verdadeiros porque não existe uma teoria que explique as descobertas. Assim, de acordo com essa crítica, os resultados são impossíveis.
A crítica é errônea por dois motivos distintos. Primeiro, a pesquisa clínica
estabelece uma distinção entre eficácia e mecanismo de ação. A eficácia de uma
terapia pode ser demonstrada muito tempo antes de se compreender o mecanismo
subjacente de ação. É o caso da aspirina, que sabíamos que funcionava antes de
entendermos por quê. Ignorar ou condenar os resultados de pesquisas
metodologicamente sólidas porque eles não se enquadram nas atuais teorias seria
a morte da ciência. Qualquer grande novo avanço, por definição, será gerado
pela necessidade de se formular uma nova perspectiva teórica que responda a
dados inesperados. É assim que as coisas têm funcionado ao longo da história da
ciência.
Mas a segunda razão que invalida as objeções dos céticos é muito mais básica:
existem, de fato, teorias e perspectivas para nos ajudar a entender como e por
quê a oração pode curar. Sobre esse tópico já foi escrito mais do que eu
poderia abordar aqui, mas basta dizer que há muitos anos têm surgido livros
acadêmicos e artigos científicos com esse enfoque.
Propuseram-se
muitos mecanismos de ação possíveis, aproveitando trabalhos estimulantes nas
áreas da física, do estudo da consciência, da psicofisiologia e da
parapsicologia. Todo tipo de força, energia ou campos foi cogitado, inclusive
conceitos como os de mente estendida, campos mórficos, mente não-local, psi,
energias sutis, etc. O pesquisador alemão, Dr. David Aldridge, escreveu muito
sobre esse tópico, assim como meu amigo Dr. Larry Dossey, o médico
norte-americano, em muitos de seus livros, como Palavras que Curam (Healing
Words, Editora Cultrix).
Acredito que a parapsicologia guarda uma riqueza de demonstrações empíricas e de proposições teóricas no que tange à oração a distância e seus efeitos de cura. Mas, infelizmente, muitos cientistas e médicos acadêmicos ortodoxos desdenham e não acreditam nesse trabalho, ao mesmo tempo em que o conhecem tão pouco. Essa postura vem principalmente da ignorância e de uma necessidade corporativista de proteger o próprio território. É pena, mas isso também parece ser uma constante na história da ciência e da medicina.
Acredito que a parapsicologia guarda uma riqueza de demonstrações empíricas e de proposições teóricas no que tange à oração a distância e seus efeitos de cura. Mas, infelizmente, muitos cientistas e médicos acadêmicos ortodoxos desdenham e não acreditam nesse trabalho, ao mesmo tempo em que o conhecem tão pouco. Essa postura vem principalmente da ignorância e de uma necessidade corporativista de proteger o próprio território. É pena, mas isso também parece ser uma constante na história da ciência e da medicina.
Para Saber Mais:
Deus,
Fé e Saúde - Jeff Levin –
Editora
Cultrix
Fone
: (11) 6166-9000
Site
de Jeff Levin: / www.religionandhealth.com/index.htm
(Extraído
da revista Sexto Sentido 52, páginas 26-31)
O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO agradece os irmãos do IPPB- INSTITUTO DE PESQUISAS PROJECIOLÓGICAS E BIOENERGETICAS , pelo artigo que iluminou este espaço de aprendizagem de aprendizagem e encontros sagrados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não se Preocupe! Os comentários aparecerão em breve.