sábado, 13 de agosto de 2011

Atenção ao Idoso


Dona Marlene era uma senhora alegre, ativa, independente e muito lúcida. Aos oitenta anos, apresentava algumas limitações físicas compatíveis com a idade.
As dores articulares, provocadas pelo desgaste natural e conseqüência artrose, a incomodavam diariamente, mas nada que lhe diminuísse o entusiasmo.

Vibrava com cada conquista pessoal e profissional dos filhos e netos.
Novos empreendimentos, cursos, especializações, casamentos, uma nova gravidez na família. Tudo era motivo para seus olhos brilharem de alegria.

Morava com uma das filhas e sua casa era muito bem cuidada. Sempre limpa, arrumada, arejada e repleta de porta-retratos, onde cada fotografia contava uma história.
Certo dia, durante uma caminhada de rotina, a senhora sofreu uma queda que resultou em uma fratura articular, necessitando ser submetida a cirurgia.

Após a alta hospitalar, por recomendação médica, ela precisaria ficar um período em repouso, pois levaria algum tempo para voltar a caminhar com independência.
Os filhos acharam que a melhor solução seria encaminhá-la a uma Casa de Apoio para Idosos. A justificativa era de que ela necessitava de cuidados especiais, para os quais a família não estava devidamente preparada.

Já instalada na Casa de Apoio, dona Marlene recebeu a visita de uma jovem amiga, que a encontrou acamada, totalmente dependente.
Durante a conversa, ela dizia que sentia falta da sua casa, dos objetos pessoais, da presença da família, enfim, do seu alegre cantinho.

Com o tempo, ela voltou a caminhar. Aos poucos, apesar da fragilidade física, foi se tornando novamente independente. Uma das filhas a visitava semanalmente, mas não falava em levá-la de volta ao seu lar.
Nas visitas periódicas, a amiga foi percebendo que a senhora deixara de falar em voltar para casa. Percebeu também a tristeza que lhe ia na alma.

Tinha certeza que dona Marlene não falava no assunto porque no fundo se envergonhava da situação de abandono.
Nas poucas vezes em que se referia à amada família, justificava de várias formas a dificuldade que seria se ela voltasse para casa. Dizia que a família não poderia assisti-la, pois todos tinham seus compromissos pessoais.

Em verdade, seus lábios diziam palavras que seu coração não compreendia. No lugar daquele olhar alegre e doce, antes cheio de brilho, surgiu um olhar triste, sem vida, que refletia solidão e abandono.
Não era necessário ter muita sensibilidade para perceber que, por dentro, ela morria a cada dia. Que a esperança de voltar para o seio da família ia embora e junto ia também a vontade de viver.

Passado algum tempo, devido a uma determinada complicação de saúde, tornou a ser hospitalizada. Seu organismo cansado, enfraquecido pela dor maior da solidão, não resistiu. Ela havia desistido de viver.

Nota.: Algumas famílias necessitam contar com o apoio das instituições especializadas para cuidar dos seus idosos. É uma difícil decisão e se justifica, em muitos casos. É compreensível então, contar com tal recurso, enquanto se necessita cumprir nossos deveres profissionais e familiares. Essa atitude não significa abandoná-los. O importante é se fazer presente, levando amor e carinho, pois nada justifica a desatenção e o desamparo.

Pensemos nisso.


Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos do SITE MOMENTO ESPÍRITA pelo artigo que engrandeceu este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
Se deseja compartilhar e divulgar estas informações, reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada. Hospital Espiritual do Mundo.

NOTA.: As imagens usadas neste site foram tiradas da net sem autoria das mesmas. Caso alguém conheça o autor das imagens, agradeceremos se nos for comunicado, para que possamos conferir os devidos créditos. Grata. Esperança.

6 comentários:

  1. Olá.

    O cuidado com o idoso,
    é um retorno do amor
    que recebemos
    e que precisamos retribuir
    para o nosso bem.
    Cuidar é a melhor
    e mais perfeita forma de amar,
    pois ao cuidarmos de alguém,
    estamos também cuidando
    da vida que nos habita.

    Viver é sentir os sonhos
    com o coração.

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  2. Que foto e texto bonito! eles merecem todo o nosso respeito.

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  3. Amado irmão Aluisio Cavalcante,

    Belíssimas palavras!
    O idoso é simplesmente todos nós no amanhã...
    Ao respeita-lo estamos respeitamos á nós mesmos.

    Abraço fraterno de luz

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  4. Amada irmã Cristiane Knoblauch,

    Sua visita encheu este lugar de luz. Imagine chegarmos nessa idade da imagem com o amor de nossas vidas!!! Não seria lindo? O respeito e tudo na vida das pessoas. Quem respeita ama.

    abraços de luz

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  5. Olá, tia Esperança!
    Minha mamis amou seu post. Ela ainda tem as duas avós, ambas com 80 anos, queridas e lúcidas!!! Como é importante cosientizar os mais jovens da importância de estar presente, respeitar, entender e amar os mais velhos. Parabéns novamente pelo post...
    Gostou da foto???? Hahahha... sou mesmo uma figurinha, não é????
    Obrigada pelo carinho.
    Aubençoado domingo dos pais.
    Lambeijos da Brenda.

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  6. Amada Brenda,

    Fiquei emocionada em saber que você tem vovó nessa idade, que coisa mais linda meu anjo. Elas mimam muito você? Não tenho mais vovó nem papai, eles já fizeram a viagem para o plano espiritual há algum tempo. O que resta é a saudade que às vezes insiste em “bater” na porta do coração, mesmo que eu não queira.
    Falo para todos aqueles que estão com seus pais para abraça-los todos os dias, dizer que os ama infinitamente. Isso é muito importante na vida de todos nós.
    Sobre seu sorriso na imagem foi simplesmente fantástico!

    Abraços de luz

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