quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A PERDA DO AMIGO DE 4 PATAS

A perda do amigo de 4 patas

A DIFICULDADE DE LIDARMOS COM A PERDA DO NOSSO MELHOR AMIGO DE 4 PATAS E A INCAPACIDADE DE ALGUMAS PESSOAS PERCEBEREM ESTE SENTIMENTO!!

Todos os animais morrem e, devido à curta esperança média de vida que têm em relação aos humanos, é frequente os tutores terem de enfrentar a perda de um ou mais animais de estimação.
Por se tratar de um animal, a pessoa muitas vezes questiona-se sobre se tem direito a fazer o luto.
Os animais de estimação partilham a nossa vida durante anos.
Contamos com eles para apoio, pois não criticam nem julgam; para aliviar o stress, pois estão sempre prontos para a brincadeira; e não há nada melhor do que um afago, depois de um dia que não correu tão bem.
É por estas razões que os humanos se apegam aos animais, criando laços profundos de companheirismo.
São âncoras com quem podemos sempre contar, até ao dia em que por acidente ou por doença deixam de estar entre nós.

SOFRER, OU NÃO SOFRER

Um animal não é uma pessoa, mas é normal sofrer com a morte de um ser com quem partilhou a vida durante 5, 10 ou mesmo 20 anos.
Os tutores têm o direito de sofrer com a morte do seu animal, independentemente da opinião da vizinha, do familiar ou do colega de trabalho.
Por vezes os tutores de animais de estimação sentem que não têm “permissão” para chorar abertamente a morte do seu animal, seja porque o valor do seu animal é depreciado por outros, ou seja porque os outros nunca passaram por essa situação.
O mais importante é saber que não precisa da autorização de alguém para poder chorar o seu animal.

Procure pessoas que estejam a passar pela mesma situação e desabafe. Em casa, não se iniba de falar e chorar em frente a outros adultos.
Ninguém lhe pode dizer ao certo durante quanto tempo se sentirá triste, pois o processo de aceitação depende de cada um.
Existem contudo cinco etapas ligadas à perda de um ente querido:

Negação, choque, isolamento
Geralmente ocorre quando o animal ainda está vivo, mas encontra-se já em fase terminal.
Os tutores têm dificuldade em aceitar a morte do animal e evoluem para um estado de choque quando a morte efetivamente ocorre.
Sentem-se fora da realidade e não conseguem perceber que o animal já não está efetivamente entre nós.

RAIVA

Assim que se apercebem da realidade, os donos sentem-se zangados e disparam sentimentos de raiva em várias direções.
Pode-se sentir traído pelo próprio animal, que o abandonou, pelos membros do resto da família, que não expressam os sentimentos da mesma forma, pela sociedade, pelo veterinário e até mesmo por Deus.
Apesar de racionalmente a raiva indiscriminada não ter lógica, emocionalmente os donos não conseguem deixar de se sentirem zangados.

CULPA

A culpa é frequente nos casos em que um ente querido falece.
Começamos a supor tudo e mais alguma coisa:
“E se tivéssemos consultado mais opiniões profissionais”;
“E se lhe tivesse dado mais atenção” etc.
Quando se trata de um animal de estimação, a culpa é recorrente, pois o dono é responsável por ele e é ele quem toma todas as decisões que influenciam de forma determinante a vida do animal.

Assim, o tutor sente-se também responsável pela sua morte.
Também muito comum é o sentimento “Se eu tivesse passado mais tempo com ele” ou pactos secretos como “Se eu fizer isto, o meu animal volta para mim”.
Os casos em que a decisão de eutanásia foi colocada, independentemente de ter sido ou não aceite, gera um sentimento de culpa no dono que se questiona se terá agido da melhor forma, quer por ter terminado o sofrimento do animal, quer por ter insistido no tratamento.

DEPRESSÃO

É natural ficar triste quando morre um ente querido, mas a depressão é um estado psicológico que deve ser acompanhado por um médico.
Muitas vezes esta fase caracteriza-se apenas por momentos de tristeza, que não chegam a tornar-se depressões.
Esta fase pode terminar quando sentimos que há outros que partilham a nossa dor.

RECUPERAÇÃO

A recuperação é pautada pela aceitação da morte como algo que aconteceu e sobre o qual não temos poder de alterar.
Implica encarar a vida tal como ela é e seguir vivendo.
Não é uma altura de sorrisos ou momentos felizes, é antes marcada pelo regresso da calma e paz.

Estas fases podem não se suceder e o dono pode saltitar entre estes estados de alma.
Pode inclusive não experienciar todas as etapas.
Momentos pontuais podem atirar o dono em recuperação para uma destas fases novamente, tais como o aniversário do animal de estimação ou outras mortes, por exemplo.
O processo de luto difere de indivíduo para indivíduo, daí que a recuperação tenha de partir da própria pessoa e não de forças externas.

RECORDAÇÕES

Seguir em frente não implica esquecer o seu animal.
Por vezes, “arrumar as ideias” ajuda a ultrapassar esta fase.
Pode fazer um álbum de fotografias para guardar ou enterrar no jardim, numa espécie de funeral simbólico, já que a maioria dos animais são cremados.
Com isso pode fazer um memorial ao animal. Muitos donos optam por plantar árvores a quem atribuem o símbolo do animal.

Para dar um tom mais positivo num momento triste, pode doar algum dinheiro a instituições de recolha de animais, apadrinhar um animal ou qualquer outra coisa que faça sentido para si.
Geralmente fazer algo de positivo para a comunidade faz com que as pessoas se sintam melhor com elas próprias.

ULTRAPASSAR

O tempo é o melhor remédio e cura tudo.
Se der tempo ao tempo, a dor sossega e vai progressivamente recordando os bons momentos e não a morte.
Com tempo, os donos começam a rir quando se lembram das traquinices dos animais, daquela vez em que ele roeu o sapato, que o fez tropeçar na rua, etc.

NOVO ANIMAL

Os animais são insubstituíveis, mas assim que chegar à fase de recuperação pode pensar em ter um novo animal novamente.
Os animais fazem-nos rir e as suas exigências obrigam-nos a não desistir. Mas não se precipite.

Toda a família deve querer um novo membro e este não deve ser visto como substituto mas como um animal independente!
É um infeliz engano pensar que memoriais para animais de estimação sejam só para crianças.

Pelos mesmos motivos pelos quais guardamos a memória de nossos parentes quando eles falecem, um memorial para o seu animal de estimação é um passo importante no processo de luto.
Quer você o enterre ou guarde as suas cinzas numa urna, reservar tempo para memorizar o seu amado animalzinho com a família ou amigos ajudará a enfrentar a perda.

MANTENHA UM DIÁRIO

Muitas pessoas não se sentem à vontade comunicando verbalmente suas emoções ou demonstrando-as para outros de qualquer forma.
Mantenha um diário onde você possa explorar e chegar a termos com seus sentimentos de luto, através da palavra escrita.

Tente ver além do momento da morte.
Muitas pessoas, especialmente logo no início do processo do luto, têm dificuldades em lembrar-se do seu companheiro sem revisitar constantemente o momento da sua morte.
Embora você não deva negar a morte, também deveria fazer um esforço para lembrar-se dos bons momentos – aqueles que fizeram você sorrir, os momentos bobos e os de bagunça, também.
Lembre-se da alegria que você e seu animal de estimação sentiam na presença um do outro.

AJUDANDO AS CRIANÇAS

Para as crianças, a perda de um animal de estimação é muitas vezes o que lhes traz o primeiro sentimento de perda permanente.
Todos nós sabemos que a experiência não atenua a dor da perda, e também é verdade que as crianças terão alguns dos mesmos sentimentos dos adultos.

Mas a perda é sentida diferentemente por crianças menores; é muito provável que elas se sintam confusas ou com raiva (dos pais, do veterinário ou de si mesmas).
É melhor, no entanto, não se apoiar numa mentira bem-intencionada como “a Margarida fugiu de casa” ou “o Tigre foi embora para viver numa fazenda”.
Estas explicações podem magoar e confundir ainda mais o seu filho, enquanto a criança tenta descobrir se o bichinho optou por abandoná-la ou foi forçado a ir embora.
Por fim, seu filho pode encher-se de uma esperança não-realista, insistindo em que o seu amado bichinho voltará para casa.

Embora vá ser difícil, você não deve esconder o fato de que o seu bichinho morreu.
Ensine os seus filhos sobre esta parte natural da vida.

A MORTE DO ANIMAL DE ESTIMAÇÃO E AS CRIANÇAS

Muitas pessoas não percebem como a morte pode ser traumática e confusa para uma criança.
As crianças tendem a ficar enlutadas por um período mais curto, mas a sua dor não é menos intensa.
Crianças também tendem a voltar ao assunto com mais frequência, então é necessária muita paciência quando se lida com uma criança enlutada.

Algumas dicas importantes para ajudar uma criança nessa situação incluem:

1. Dar à criança permissão de lidar com a sua dor.
- contar ao professor sobre a morte do animal.
- encorajar a criança a falar livremente sobre o animal.
- dar à criança muito carinho e conforto.
- discutir a morte, o morrer e a dor honestamente.

2. NUNCA dizer coisas como “Deus levou o seu bichinho,” ou o animal “dormiu para sempre.”
- porque a criança pode temer que Deus vá levá-la, aos seus pais ou aos seus irmãos.
- porque a criança pode ficar com medo de ir dormir.
3. Inclua a criança em tudo o que se passa.
4. Explique que a morte é permanente.

OS IDOSOS ENFRENTANDO A PERDA

Quando os idosos têm de lidar com o luto, podem encontrar bem mais dificuldade.
Muitos idosos moram com seus bichinhos de estimação, alguns com a consciência de que jamais poderão ter outro bichinho, responsavelmente.
Um sentimento de solidão inescapável pode seguir a perda do bichinho.
Juntamente com este sentimento, a inevitabilidade da morte pode começar a pesar bastante sobre os idosos propriamente ditos.

É vitalmente importante não se entregar ao desespero; mais uma vez, você não está sozinho.
Ninguém, independentemente da idade, pode jamais substituir um bichinho de estimação que se foi.
Lembre-se de todos os diversos recursos disponíveis para você – de atendimentos telefônicos a grupos e fóruns online.

Você pode formar uma rede de amor e apoio na família e entre os amigos; talvez você não possa esperar vir a ter algum outro animal de estimação, mas é muito provável que estas pessoas tenham também os seus – que precisarão de alguém que cuide deles, de tempos em tempos.
Você pode ser voluntário em ONGs de proteção e defesa dos animais ou no CCZ da sua cidade.
No momento em que um capítulo da sua vida se encerra, um novo capítulo se inicia, pleno de novas oportunidades para compartilhar o seu amor pela família, amigos, animais e pela vida.

O luto é provavelmente a sensação mais confusa, frustrante e emocional que uma pessoa pode sentir.
É ainda mais para os tutores de animais. A sociedade em geral não dá a essas pessoas “permissão” para demonstrar a sua dor abertamente.
Dessa forma, os tutores frequentemente se sentem isolados e sozinhos.
Felizmente mais e mais recursos ficam disponíveis para ajudar essas pessoas a perceber que elas NÃO estão sozinhas e que o que elas sentem é completamente normal.

Fonte: SITE CURIOSIDADES FELINAS
             http://www.gatoverde.com.br/caes-gatos/luto/

O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO agradece os irmãos dos SITE GATO VERDE pelo artigo que iluminou este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
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NOTA.: As imagens usadas neste site foram tiradas da net sem autoria das mesmas. Caso alguém conheça o autor das imagens, agradeceremos se nos for comunicado, para que possamos conferir os devidos créditos. Grata, Esperança.

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