No justo momento em que a técnica atinge as culminâncias, e o homem sofre aflições sem termo, somos convidados a recordar Jesus-Cristo exclamando: “Eu venci o mundo!”
A ciência vaticinou, para o século corrente, a morte das doutrinas espiritualistas, tendo em vista a marcha natural do progresso intelectivo.
E em verdade, até à metade do século passado, a filosofia espiritualista não passava de um amontoado de informação místicas e de arranjos dogmáticos incapazes de competir com os sistemas filosóficos vigentes, resistindo aos descobrimentos da ciência investigadora.
Coube a Allan Kardec a inapreciável tarefa de demonstrar, pela pesquisa experimental, a realidade do fenômeno da imortalidade da alma. E, graças a isso, o Codificador da Doutrina Espírita se destaca entre os vates do pensamento universal, pelo gigantesco empreendimento de positivar, consoante os dados oficiais da indagação, a continuação da vida além da morte.
A tarefa era, a princípio, sob todos os aspectos intratável, considerando-se a posição da ciência ante os rudimentos da nascente Psicologia.
De um lado, o cientificismo pontificava arbitrário, e o empirismo, no outro extremo, ditava leis falseadas sobre a verdade.
Kardec, porém, embrenhou-se no matagal das informações.
Não foi somente um coligidor dos informes dos Espíritos. Foi, antes de tudo, um admirável garimpeiro da verdade, separando da ganga o ouro rebrilhante, na mensagem eterna.
De
Com Hegel, o pensamento passou a ser uma função do cérebro, cuja atividade era pensar, controlando as manifestações nervosas da vida.
Allan Kardec se distinguiu pela tarefa de demonstrar que o pensamento não é apenas uma função do cérebro, sendo este a conseqüência de um pensamento anterior que nele atua através de um outro cérebro mais sutil, comando geral e força dinâmica mantenedora do equilíbrio: o psicossoma.
E acolitado por figuras da enfibratura de Crookes, Zölner, do caráter de Lombroso e de Lodge que vieram a público, posteriormente, apresentar o resultado das suas pesquisas, Kardec demonstrou, à saciedade, o sentido incontroverso da imortalidade da alma, em experiências que se tornaram notáveis, realizadas mais tarde, com o curso de médiuns do quilate de Florence Cook, Eusápia, Daniel Home...
A tarefa se avultava por estarem em jogo os sistemas do monismo e do dualismo.
Allan Kardec demonstrou também que o homem não é constituído apenas de duas peças: o corpo e alma. Mas é formado por uma tríade de elementos: o espírito, perispírito e matéria, sendo o perispírito encarregado de funções específicas na engrenagem harmoniosa da vida hominal.
E quando o materialismo ateu, no seu aspecto dialético, veio a campo combater a Doutrina Espírita, o Espiritismo, como escola filosófica, na sua feição dialética, apresentava “O Livro dos Espíritos” como protesto nobre ao abuso e à arbitrariedade das informações hegelianas, às doutrinas nele inspiradas, bem como às velhas fisolofias espiritualistas sem fundamentação científica.
E a previsão da ciência, que aguardava para o século presente a morte das doutrinas espiritualistas, faliu, porque o século XX, com os seus valiosos descobrimentos e tirocínios, não pode retificar um único conceito da doutrina postulada pelo gigante lionês que, na atualidade, se faz o maior antídoto aos grandes males que afligem a Humanidade.
Como o materialismo é um veneno letal, o Espiritismo é o seu anticorpo, preparado para diminuir ou dirimir os efeitos terríveis dos ódios organizados secularmente e agora disseminados pelo ateísmo existencialista.
Enquanto o homem avança pelas trilhas do prazer, outros homensaparecem como exegetas do trabalho e apóstolos da caridade, formando a mentalidade para o Terceiro Milênio que colocará bem alto o estandarte da luz cristã refletida na mensagem nobre da Doutrina Espírita.
E embora se previsse o soçobro das religiões no século XX, Allan Kardec, semelhante a Copérnico, que veio por cobro às fantasias a respeito do sistema solar, por também termos às superstições a respeito da imortalidade da alma, arracando-a do sobrenatural e do dogma, retificando a sua feição mística, graças à documentação experimental de que a bibliografia espírita é farta, enriquecendo a ciência espiritualista para competir e esclarecer a ciência atual, ajudando-a na busca da verdade.
Ante as dores que se acumulam inevitáveis para os próximos tempos, sem nos desejarmos transformar em Parcas a tecerem a túnica mortuária da Civilização, o Espiritismo é a grande esperança, porque afirma não ser a morte mais do que uma grande transição para o despertamento na verdadeira vida: a Vida Imortal.
Pontifiquemos, desse modo, com Nosso Senhor Jesus-Cristo, o herói da sepultura vazia, atendendo o programa da solidariedade universal, transferindo o sangue novo da fé para os corações esfacelados pelo medo e acendendo em toda a parte a lâmpada da convicção imortalista. Sigamos a trilha da verdade, cumprindo o nosso dever para, vitoriosos, atingirmos o porto da nossa gloriosa Imortalidade.
Texto.: IMORTALIDADE
Autor: Vianna de Carvalho (Espírito)
(Página Recebida pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão da noite de 15-1-1962, em Salvador, Bahia).
O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos do SITE O ESPIRITISMO pelo artigo que engrandeceu este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
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Ola! Esperança
ResponderExcluirpassei para te desejar que seu dia seja abençoado pelo mestre e todos nossos amigos.
Um grandioso bj no coração
saudades!!!
c/carinho
Teresa
Amada irmã Teresa,
ExcluirObrigada pelo carinho!!! Que a Senhora tenha uma semana de luz e abençoada pelo MESTRE MAIOR.
Abraços de luz
Lindo texto. A imortalidade da alma, apesar de muitos ainda terem dúvidas, ou realmente não
ResponderExcluiracreditar, não é um presente dado a um ou a outro, é uma dádiva. Mais o que todos os seres humanos tem que prestar muita atenção, que o que nós fazemos, plantamos e cultivamos por aqui, é a bagagem que iremos levar.
Muitas vezes não conseguimos sermos "bons" 100%, somos passíveis de erros, mais se todos oramos, vigiarmos as nossas próprias ações já é mais da metade de um caminho percorrido.
Desejo um início de semana abençoado.
Beijos de fadas.
Lua.
Amada irmã Lua Negra,
ExcluirObrigada por sua visita cheia de luz. Creio que não conseguimos sermos bons totalmente pois somos espíritos imperfeitos e estamos em constante evolução. Logicamente que isso não é desculpa para não tentarmos melhorar todos os dias. Concordo contigo, minha doce irmã planetária quando diz: - "temos que vigiarmos nossas atitudes" a cada minuto e mesmo assim cometemos muitos erros (como por exemplo: quando julgamos, das palavras ditas sem pensar, da caridade com o próximo que não fazemos naquele momento crucial, a falta de humildade, a falta de sinceridade perante a dor do próximo, a falta do perdão, o socorro a um animalzinho e tantas outras coisas que deixamos de fazer por varias desculpas). Um dia quando abrimos nosso coração para DEUS verdadeiramente e procurarmos mudar internamente estaremos crescendo. Quando realmente falarmos com a voz de nossa alma e aprendermos a lidar com tudo aquilo que nós traz frustrações estaremos vivendo. Quando aprendermos a deixar a nós mesmos como o centro das atenções e realmente olharmos para o proximo com a doçura do olhar de um animalzinho estaremos sendo seres espirituais não só meros seres humanos em processo de evolução.
Abraços de luz
bom dia esperança que maravilha de texto minha amiga irmã como é bom tomar ciencia de tantos fatos do espiritismo para podermos coroar nossa pequena contribuição com informações tão valiosas
ResponderExcluirofertando tambem as mesmas para quem ainda não tem este conhecimento linda post parabens por compartilhar bjs um ótimo domingo marlene
Amada irmã Marlene,
ExcluirBom dia ,
Você bem sabe que adoro o Divaldo P. Franco e Chico Xavier. Muitas vezes ao ler alguns de seus artigos, mesmo que sejam os mesmos tenho a sensação que estes possuem uma roupagem diferente, ou seja, conforme a situação do dia que estamos vivenciando a mensagem vem ao nosso encontro para nos iluminar. Desejo-lhe uma semana cheio de muita luz, paz, harmonia e flores.
Abraços de luz