Câncer Moral
DIVALDO PEREIRA FRANCO
O mau-humor sistemático - vício de comportamento emocional - gera a irritabilidade que desencadeia inúmeros males no indivíduo, em particular, e no grupo social onde o mesmo se movimenta, em geral.
Desconcertando a razão, açula as
tendências negativas que devem ser combatidas, fomentando a maledicência e a
indisposição de ânimo.
Todos aqueles que o alimentam,
transferem-se de um para outro estado de desajuste orgânico e psicológico,
dando margem à instalação de doenças psicossomáticas de tratamento complexo
como resultados demorados ou nenhuns.
Todas as criaturas têm o dever de
trabalhar pelo próprio progresso intelecto-moral, esforçando-se por vencer as
más inclinações.
O azedume resulta, também, da inveja mal disfarçada quanto do ciúme incontido.
Atiça as labaredas destruidoras da desavença, enquanto se compraz na observância da ruína e do desconforto do próximo.
Muitas formas de canceres têm sua
gênese no comportamento moral insano, nas atitudes mentais agressivas, nas
postulações emocionais enfermiças.
O mau-humor é fator cancerígeno
que ora ataca uma larga faixa da sociedade estúrdia.
Exteriorização do egoísmo doentio, aplica-se à inglória tarefa de perseguir os que discordam da sua atitude infeliz, espalhando a inquietação com que se arma de forças para prosseguir na insânia que agasalha.
Exteriorização do egoísmo doentio, aplica-se à inglória tarefa de perseguir os que discordam da sua atitude infeliz, espalhando a inquietação com que se arma de forças para prosseguir na insânia que agasalha.
Reveste-te de equilíbrio ante os
mal-humorados e violentos, maledicentes e agressivos.
Eles se encontram enfermos, sim, em marcha para a loucura que os vence sob o beneplácito da vontade acomodada.
Eles se encontram enfermos, sim, em marcha para a loucura que os vence sob o beneplácito da vontade acomodada.
Oscilantes nos estados dalma,
mudam de um para outro episódio de revolta com facilidade, sem qualquer motivo
justificável, como se motivo houvesse que justifique a vigência desse verdugo
do homem.
Vigia as nascentes dos teus sentimentos e luta com destemor, nas paisagens íntimas, contra o mau-humor.
Policia o verbo rude e ácido, mantendo a dignidade interior e poupando-te ao pugilato das ofensas, decorrente do azedume freqüente.
Não olvides da gratidão, nas tuas
crises de indisposição...
O amanhã é incerto.
Aquele a quem hoje magoas será a
porta onde buscarás apoio amanhã.
Conquista o título de pacífico ou
faze-te pacificador.
Todo agressor torna-se antipático
e asfixia-se na psicosfera morbífica que produz.
O Evangelho é lição de otimismo
sem limite e o Espiritismo que o atualiza para o homem contemporâneo convida à
transformação moral contínua, sem termo, em prol da edificação interior do
adepto que se lhe candidata ao ministério.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do
livro: Receita de Paz
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