Ao contrário do que muitos possam imaginar, a posição da doutrina espírita não é de
condenação ao homossexual. Aliás, a filosofia espírita não possui a
característica da condenação de quaisquer atos ou posturas. Ao invés disto,
estuda e compreende a origem dos problemas procurando esclarecer os indivíduos
e não condená-los.
Todas as tendências, vocações ou inclinações
psicológicas não são decorrentes apenas das experiências da nossa vida atual.
Nossa história é muito mais antiga e complexa do que possa parecer. Se é
verdade que a gestação é uma fase extremamente importante na transmissão de
energias mentais da mãe para o filho e vice-versa, se é real que nosso
psiquismo se consolida através das experiências das diversas etapas infantis e
juvenis, há muito além disto. Trazemos nos mais profundos arquivos do
inconsciente um somatório de vivências tanto felizes como desagradáveis. Alegrias,
decepções, momentos de enlevo ou traumas violentos foram por nós assimilados em
vidas passadas. Construímos energias, em nós mesmos, que poderão permanecer
conosco durante séculos.
Não se trata de dogma de fé ou crença cega. Trata-se
de documentação através de relatos de espíritos desencarnados, documentação
através de processos de memória extra-cerebral na qual pessoas se recordam
espontaneamente de vidas passadas e documentação obtida por terapias
regressivas a vivências pretéritas. Há uma infinidade de experiências, das mais
diversas ordens, que comprovam ser nosso psiquismo a resultante de uma longa
caminhada.
Assim, qualquer peculiaridade comportamental nossa,
seja na esfera sexual, seja em qualquer outra esfera, necessita ser entendida
pela cosmo visão espírita. A homossexualidade, portanto, não fará exceção pois
trata-se de uma característica bastante expressiva e determinante de
importantes repercussões individuais, familiares e sociais.
Torna-se importante frisar que a homossexualidade não
ocorre, simplesmente, pela mudança de sexo biológico de uma encarnação para a
seguinte. Isto quer dizer, se uma mulher necessitar renascer como homem, ou
vice-versa, este fato por si só jamais determinará qualquer comportamento na
esfera da homossexualidade.
Homem e mulher que estão harmonizados e em sintonia
com sua sexualidade ao reencarnarem no sexo oposto continuarão a emitir
harmoniosamente sua energia sexual. O chakra genésico que trabalha em
equilíbrio expressará esta normalidade pelo veículo corporal conforme a sua fisiologia
e anatomia pelas quais se expressa na nova existência física.
A adaptação faz-se automaticamente quando não há
distúrbios anteriores. A espiritualidade superior sempre nos esclarece que a
reencarnação em sexo diferente do anterior não acarreta distúrbios
homossexuais, e, a própria lógica nos leva a esta conclusão, pois a lei
universal do renascimento visa harmonizar as criaturas e não gerar dificuldades
e conflitos desnecessários.
Conforme já comentamos em outros escritos, em nosso
planeta existem apenas 2 sexos biológicos: o masculino, proveniente da união de
um espermatozóide y com um óvulo, e o feminino, proveniente da união de um
espermatozóide x também com um óvulo. Apesar de, em sua natureza íntima, o
espírito não ter sexo, as experiências das vidas passadas determinam uma nítida
polarização energética do espírito reencarnante, com características masculinas
ou femininas. É verdade, também, que o espírito humano possui nas energias
sexuais, um dos mecanismos de seu próprio progresso espiritual, mesmo porque
são aquisições seculares, e constantemente renovadas pelas novas encarnações.
Espíritos em fase evolutiva compatível com o planeta Terra possuem,
normalmente, as forças sexuais inclinadas ou para a polarização masculina ou
para a polarização feminina. Quem visualiza a respeitável figura de Bezerra de
Menezes sempre o vê como uma figura masculina inclusive com barba etc...Da
mesma forma, nas visões que podemos ter dos espíritos da falange de Maria eles
são tipicamente femininos. Em nível mais periférico, e pessoal, diria que não
há como confundir a figura do meu pai desencarnado com, por exemplo, da minha
tia. Observamos, portanto, que os espíritos masculinos bem como os femininos
expressam em suas energias a tendência sexual que lhes é natural e de
conformidade com suas inclinações psíquicas.
As peculiaridades psico-sexuais de um espírito
determinam, desta forma, a sua expressão física ou sua organização biológica no
que tange ao aspecto do seu corpo astral. Portanto, o corpo espiritual é reflexo
de sua mente. Conforme já estudamos, ao reencarnar o espírito ligando-se ao
óvulo transmite suas vibrações tipificando, automaticamente, sua polaridade
sexual. Em razão desta polaridade sexual transmitida pelo corpo espiritual ao
óvulo, este irá atrair o espermatozóide X (feminino) ou Y (masculino) que
determinará o sexo biológico da futura encarnação. Conclui-se, por este motivo,
que o sexo biológico será sempre o adequado as características
psico-sexuais do espírito.
A homossexualidade é uma dificuldade de adaptação do
espírito a sua condição biológica. Neste grupo, estamos incluindo todos os
indivíduos em desequilíbrio sexual com seu organismo que procuram exercer a
fisiologia sexual com parceiros do mesmo sexo, em prática incompatível com a
natureza que elaborou dois sexos opostos e complementares. Trata-se de um
desajuste, algo a ser corrigido, amparado com respeito e tratado. Não
perseguido ou discriminado mas também não encoberto sob a falsa interpretação
de " uma livre opção sexual ". Não existe 3° , 4° ou outro sexo.
Existem, em nosso planeta, apenas dois de polaridades opostas.
A não discriminação do homossexual e o respeito que se
deve ter para com estes irmãos não
exclui, no entanto, que se trata de uma dificuldade sexual dos mesmos.
Dificuldades ou desajustes emocionais (ou físicos), constituem-se sempre em uma
patologia. Quando se menciona o termo patologia há, imediatamente, uma reação
de determinados grupos pois logo associam à discriminação. Voltamos a insistir,
o homossexual não está sendo, pela doutrina espírita, excluído, pelo contrário,
compreendido e amparado. O que constitui patologia é, pois, sua inadaptação
psíquica a uma realidade biológica programada para a existência atual.
A origem do comportamento homossexual deve-se a um
conflito entre a estrutura do consciente, ou organização biológica, e as
regiões do inconsciente ou estruturas espirituais, em desarmonia energética.
Conforme sabemos, qualquer postura mental gera núcleos de vibração nas
estrutura do inconsciente. Posturas mentais, reforçadas por atitudes,
intensificam esses campos de vibração.
Desta forma, compreende-se que atitudes de exacerbação
sexual com desvios de conduta, especialmente quando prejudicam outros
indivíduos, gravam-se indelevelmente nos campos energéticos do espírito. Ao
reencarnar, estes desvios energéticos, ou exacerbações da polaridade sexual,
determinam conflitos psico-sexuais sérios especialmente se o espírito
necessitar renascer em sexo oposto ao da encarnação anterior.
Se é verdade que distúrbios das vidas anteriores podem
ser determinantes de desarmonias energéticas na esfera psico-sexual, o
inconsciente também registra inúmeros fatos da existência presente. Podemos
dividir, didaticamente, o inconsciente em duas faixas principais: inconsciente
presente e inconsciente pretérito. No inconsciente presente, ou atual, estão
arquivadas as experiências desta encarnação que, por serem recentes, possuem
grande influência na configuração psicológica de todos nós. O inconsciente
pretérito constitui uma faixa muito mais ampla porém, em certos casos, podem
ter uma expressão menos preponderante que as vivências mais recentes. Cada caso
é estritamente pessoal portanto diferente de um indivíduo para outro.
Desde o início das gestação, passando pela infância e
adolescência, o espírito vivencia as mais diferentes situações na área da
sexualidade. Assim como muitos problemas tem origem na vida atual, frequentemente
situações pregressas são relembradas ou reforçadas nesta vida por erros de
educação, pais violentos, abandono, agressões do meio ambiente etc, que
conforme as particularidades de cada psiquismo, geram ou repulsa ou
identificação com o sexo oposto.
A homossexualidade, ou inadaptação ao sexo biológico,
é, portanto, decorrente de um conflito entre zonas do inconsciente (atual e ou
pretérito) com as estruturas da zona consciencial. Em determinada ocasião,
quando fomos convidados para proferir uma palestra sobre o tema a um grupo de
adolescentes, um jovem solicitou-me uma explicação, sob o ponto de vista
energético, do porquê a homossexualidade não ser normal. Surgiu-me uma idéia
que na ocasião me pareceu adequada:
Título.: Reencarnação e Patologia do Sexo - Homossexualismo
por.: Dr. Ricardo Di Bernardi (É Médico Homeopata Geral,
Pediatra, Presidente da Associação Médico-Espírita de Santa Catarina,
Articulista Espírita, Palestrante e Autor de diversos livros. Natural de Florianópolis
SC, o médico homeopata e pediatra Ricardo Di Bernardo foi um dos fundadores do
MEUC – Movimento Espírita Universitário, do ICEF – Instituto de Cultura
Espirita de Florianópolis e da AME SC – Associação Médico-Espirita de Santa
Catarina. Tem elaborado inúmeros workshops, participando como palestrante em
jornadas e congressos espiritas em diversos países. Desenvolveu interessante
pesquisa sobre fotos Kirlian com estudo da movimentação da aura pelo passe
magnético. Em 1993 lançou seu primeiro livro “Gestação Sublime Intercâmbio”
tendo alcançado expressivo sucesso tanto no Brasil como na Europa. É autor também
de “Dos Faraós à Física Quântica”, “Reencarnação em Xeque”, “Navegando nos
Mares da Imprensa”, “Reencarnação – Amor e Sabedoria (Voo Livre)”, “Reencarnação
e Evolução das Espécies, “Flávia, Sonhos e Regressão” Seus estudos podem ser
acompanhados pelo Site: www.incefaovivo.com.br , email: Ricardo.di.bernardo@terra.com.br)
O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO
agradece os irmãos do SITE PORTAL DO ESPÍRITO E O DR. RICARDO DEI
BERNARDI pelo artigo que iluminou este espaço de aprendizagem e encontros
sagrados.
O
HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO, obteve do próprio
autor autorização para publicação de seus artigos.
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